Incêndios aumentam 21,5% nos primeiros seis meses de 2022, em Goiás

Incêndios aumentam 21,5% nos primeiros seis meses de 2022, em Goiás

O número de incêndios em vegetação aumentou 21,5% nos primeiros seis meses de 2022, se comparado ao mesmo período do ano passado em Goiás. Ao todo, o Corpo de Bombeiros registrou 3.009 ocorrências entre janeiro e junho. Já no ano passado, a corporação foi acionada 2.446 vezes. Somente neste mês de julho, os bombeiros atenderam 928 chamados, sendo que ainda faltam 11 dias para o mês chegar ao fim.

Para o tenente do Copo de Bombeiros, Ailton Pinheiro de Araújo, grande parte dos incêndios advém da ação humana, principalmente durante o período de estiagem, onde algumas regiões passam meses sem chover. Para se ter ideia, apenas em Goiânia não chove há 100 dias, conforme o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo). Durante este período de seca, a população tenta limpar lotes e terrenos baldios com o auxílio do fogo, porém, as chamas acabam saindo de controle atingindo maiores proporções.

“As pessoas tendem a realizar a limpeza de seus terrenos, de seus lotes com o uso de fogo. Tendo em vista esta situação, a gente acredita que o carro chefe seja esse. Tanto é que a maioria das ocorrências que a gente recebe são de lotes baldios, em áreas urbanas. Em termos de quantidades, a maioria das queimadas são em áreas urbanas, principalmente na região metropolitana”, explicou.

Crime

A população que for flagrada ateando fogo em terrenos pode pode ser presa ou multada, visto que a prática é caracterizada como crime. Isso porque o fogo não pode ser usado sem autorização de um órgão ambiental.

O tenente pede maior consciência da população durante a estiagem, já que o tempo está favorável a proliferação de queimadas, que também podem ser causadas por maços de cigarros acesos que são jogados pela porta dos veículos. Ou orientação é de que a população não utilize do fogo para realizar a limpeza de terrenos.

“Estamos entrando em um período crítico, a cada momento que passa a situação vai ficando mais favorável à queimadas, tendo em vista que a umidade relativa do ar vai baixar, o calor aumentar, os ventos também ficam mais fortes. A gente pede consciência e apoio caso identifique alguém realizando a prática criminosa ou inconsequente, denuncie à Polícia Civil (PC) ou pelo 193 dos bombeiros”, reforçou.

Incêndio atinge Morro do Serrinha

Um incêndio de grande proporção atinge Morro da Serrinha, em Goiânia, nesta terça-feira, 19. O Corpo de Bombeiros trabalha para combater as chamas. Ainda não foi possível calcular o tamanho da área atingida.

Incêndio atinge o Morro da Serrinha, em Goiânia, Goiás. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O fogo começou no início da tarde e rapidamente se espalhou. Apesar do empenho dos militares, até às 17 horas de hoje, as chamas haviam sido extintas.

A fumaça causada pelo incêndio pode ser vista de vários pontos da capital.

Incêndio atinge o Morro da Serrinha, em Goiânia, Goiás. (Foto: Fernando Vasconcelos/Arquivo pessoal)

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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