Última atualização 12/10/2022 | 15:53
Um crime bárbaro chocou Itaguari na madrugada desta quarta-feira, 12. Um homem teria matado a esposa com três tiros por estar inconformado com o fim do casamento de 14 anos. Ele praticou o assassinato enquanto a ex dormia ao lado da filha do casal, de seis anos de idade. A menina não se feriu.
O empresário Juliano Martins planejou a vingança, segundo a Polícia Civil. Ele foi até um depósito de gás onde estava o dono do local, um amigo que trabalha como policial penal, e começaram a beber. Quando o agente de segurança dormiu, Juliano o levou até um quarto do estabelecimento, furtou a arma e o trancou no cômodo.
Em seguida, ele foi até a residência de Sandra Nunes, atirou contra a ex- esposa e fugiu. A mulher chegou a ser socorrida no hospital de Itaguari, mas não resistiu aos ferimentos. Juliano se entregou em um batalhão da Polícia Militar em Itaberaí, de onde foi levado até uma delegacia e confessou o crime.
O suspeito pode responder criminalmente por feminicídio, furto e cárcere privado por ter deixado o amigo trancado. O empresário disse em depoimento que matou a ex-companheira porque suspeitava de traição, segundo o delegado responsável pelo caso, Kahlil Nogueira.
Conforme o Código Penal, o feminicídio tem como pena a reclusão, de doze a trinta anos e ocorre quando a vítima é mulher e envolva de violência doméstica ou discriminação contra a condição de mulher. O furto é descrito como subtração do patrimônio de outra pessoa sem violência com previsão de pena de reclusão de um a quatro anos e multa.A lei prevê aumento de pena para quem cometa o crime durante a noite.
Já o crime de cárcere privado ocorre quando alguém prende outra pessoa indevidamente e contra sua vontade. A vítima quase não tem como se locomover, sua liberdade fica restrita a um pequeno espaço físico, como um quarto ou um banheiro.A pena é de um a três anos de reclusão.