Índia: Incêndio atinge hospital e mata 13 pacientes com Covid-19

Incêndio em hospital da Índia matou 13 pacientes infectados pelo covid-19 nesta sexta-feira, 23, segundo o Corpo de Bombeiros local. O acidente ocorreu em meio a crise de colapso dos hospitais indianos, que funcionam no limite da sua capacidade de atendimento e sofre com a falta de oxigênio medicinal.

O fogo, controlado pela equipe de bombeiros, teria atingido a UTI do hospital Vijay Vallabh. A investigação sobre a possível causa do incêndio aponta para uma possível explosão no sistema de ventilação. Segundo Diip Shah, CEO do hospital, pacientes que precisavam de oxigênio foram transferidos para unidades de saúde próximas.

Este é um dos acidentes mais recentes ocorridos por conta do coronavírus na Índia. Na última quarta-feira, 21, outros 24 pacientes internados com covid-19 morreram após um vazamento de oxigênio em um hospital em Nashik, localizada no Estado de Maharashtra.

Índia sofre com o aumento de casos

Na quinta-feira (22), Índia registrou novo recorde de casos desde o começo da pandemia. Foram registrados quase 315 mil novos infectados pelo covid-19. A falta de leitos de UTI, medicamentos e oxigênio faz os indianos esperarem por dias em ambulâncias e até mesmo dentro de carros próprios.

A nova onda é atribuída a uma nova variante, conhecida como ”dupla” mutação do vírus, mas também é graças as grandes celebrações ocorridas recentemente.

Os crematórios e funerárias não conseguem aguentar a grande demanda de pedidos. Ainda na quinta-feira, o país realizou uma grande cremação em massa, na capital de Nova Délhi.

Apesar do grande programa de vacinação estabelecido contra o covid-19 no país, apenas uma pequena fração de pessoas foram imunizadas. Mesmo com o anúncio de vacinas disponíveis para pessoas acima de 18 anos a partir de 1º de maio, o país não terão doses o suficientes para os 600 milhões de habitantes.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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