Índia quer expandir relações comerciais com Goiás

O embaixador da Índia Suresh Reddy manifestou o desejo de expandir relações comerciais com o Brasil, em especial com Goiás. O assunto foi tratado nesta semana, em reunião na embaixada do país, em Brasília. A Índia quer importar sucos, mais frutas frescas, verduras e legumes, entre outros produtos que já importam, e exportar polímeros para embalagens plásticas.
Goiás já vem aumentando os negócios com a Índia de 2019 para cá. Entre 2021 e 2022, o Estado registrou um crescimento de 91,82% no saldo (diferença entre exportações e importações) da balança comercial, alcançando superávits. Fechou 2021 com R$ 91,2 milhões, e 2022, com R$ 175,09 milhões.
“Nossas relações com a Índia, assim como com outros países, são baseadas em reciprocidade. O país quer aumentar as importações e as exportações. Hoje, os nossos principais produtos enviados são óleo de soja, amianto, ouro, couro e açúcar, e o que mais compramos são insumos para medicamentos”, destaca o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.
Frutas
Entre 2021 e 2022, a Índia comprou U$ 135 milhões de frutas frescas do Chile, enquanto que, do Brasil, importou U$ 22 milhões desse produto. “O embaixador da índia apresentou esses números como exemplo de potencial que Goiás e o Brasil têm em aumentar suas vendas para o país dele, pois sabe que o Brasil produz sucos maravilhosos, além de frutas frescas”, explica o superintendente de Comércio Exterior da SIC, Plínio Viana, também presente à reunião.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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