DE indústria brasileira conseguiu finalmente retornar ao nível planejado pelas empresas em novembro, após um período de seis meses abaixo da meta estabelecida. Segundo a pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada recentemente, o índice de estoque efetivo-planejado atingiu 50 pontos, um marco que não era alcançado desde abril.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, apontou que essa retomada ao patamar esperado pode indicar uma possível redução no estímulo à produção nos próximos meses, especialmente se a demanda por bens industrializados apresentar queda. Embora o cenário futuro ainda não esteja totalmente definido, a possibilidade preocupa o setor.
A produção industrial, que havia surpreendido positivamente em outubro, registrou uma queda em novembro, ficando em 48,4 pontos. Essa retração, embora esperada para o período, foi mais acentuada do que nos mesmos meses de 2022 e 2023, indicando uma desaceleração no ritmo de produção. Além disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também teve uma queda, passando de 74% para 72%, porém ainda mantendo-se acima do mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, o emprego na indústria apresentou um leve desaceleramento, com o índice de evolução do número de empregados atingindo 50,2 pontos, um valor acima do comum para o período, mas com um ritmo de crescimento inferior aos meses anteriores. As expectativas para o ano de 2025 também apontam para uma moderação, com os empresários demonstrando otimismo, porém mantendo cautela. Os índices de expectativa de demanda, compras de insumos e empregados apresentaram queda, enquanto a expectativa de quantidade exportada teve um aumento.
A pesquisa realizada pela CNI entrevistou 1.551 empresas entre 2 e 11 de dezembro, oferecendo um panorama da indústria para os próximos meses. A análise desses dados mostra um cenário de retomada aos níveis planejados pelas empresas, embora acompanhado de uma possível desaceleração da produção e da atividade industrial caso a demanda por bens manufaturados diminua. A incerteza em relação ao futuro preocupa e coloca em destaque a importância do monitoramento contínuo do setor para ajustes e adaptações conforme necessário.