Industria goiana cresce 3,0%

Após queda 2,5% no mês de março, a indústria goiana demonstra desempenho positivo segundo levantamento regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês de abril o crescimento foi de 2,3% se comparado ao mês anterior, na contramão do desempenho nacional que teve queda de 18,8% o resultado é reflexo do isolamento social (prevenção da propagação da Covid -19).

De acordo com o IBGE, o mês de maio no Estado é marcado com o segundo resultado positivo consecutivo com avanço de 3,0 % comparado ao mês de abril e 1,5%, em relação a maio do ano passado. O cenário nacional também apresentou taxa assertiva de 7,0% em analogia ao mês de abril.

Em uma Live realizada pelos veículos de comunicação da Agência Brasil Central (ABC), com o Governador do Estado, Ronaldo Caiado e o secretário em Exercício da Indústria Comércio e Serviços, Adonídio Neto, no último dia 09, o secretário afirmou que o resultado da balança comercial em maio para ele foi surpreendente, um recorde de 544 milhões de dólares de superávit e um total de 826 milhões de dólares, o maior resultado desde que é feita a medição, e que isso injeta 2 bilhões de dólares a mais na economia.

Em contrapartida na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), entre 12 unidades investigadas, Goiás apresentou a menor variação positiva, ficado a frente apenas dos três únicos estados que apresentaram variações negativas no mês de maio, são eles o Espirito Santo com (-7,8), o Pará e o Ceará, ambos com (-0,8%).

 

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Maio de 2020
Locais Variação (%)
Maio 2020/
Abril 2020*
Maio 2020/
Maio 2019
Acumulado
Janeiro-Maio
Acumulado
nos Últimos
12 Meses
Amazonas 17,3 -47,3 -20,7 -3,8
Pará -0,8 -13,0 0,9 1,3
Região Nordeste 12,7 -23,2 -8,8 -5,9
Ceará -0,8 -50,8 -21,8 -7,9
Pernambuco 20,5 -13,5 -4,7 -4,5
Bahia 7,6 -20,7 -5,9 -5,1
Minas Gerais 6,3 -15,1 -12,1 -9,1
Espírito Santo -7,8 -31,7 -18,5 -18,0
Rio de Janeiro 5,2 -9,1 2,8 3,9
São Paulo 10,6 -23,4 -13,6 -5,6
Paraná 24,1 -18,1 -8,9 -2,0
Santa Catarina 5,4 -28,6 -15,4 -6,6
Rio Grande do Sul 13,3 -27,3 -16,6 -7,7
Mato Grosso 4,4 -3,4 -3,8 -4,2
Goiás 3,0 1,5 -0,3 1,5
Brasil 7,0 -21,9 -11,2 -5,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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