Inédito: Justiça de Goiás adota protocolo de paridade de gênero em “revenge porn”

JUSTIÇA

Uma decisão inédita da Justiça de Goiás em um caso de “Revenge Porn” coloca o estado na vanguarda de julgamentos em conformidade com parâmetros internacionais de paridade de gênero. Em uma sessão do último dia 22 de maio, os magistrados da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais votaram por unanimidade a favor da manutenção de indenização por danos morais à vítima do caso .

 

O “Revenge Porn” ou pornografia de vingança é uma pratica crimINosa utilizada para coagir a vítima por meio do compartilhamento de imagens e vídeos íntimos, geralmente feitos com consentimento por um ex-companheiro ou companheira, mas divulgados sem autorização. Em 90% dos casos, é do sexo feminino. Segundo dados da Iniciativa para Direitos Civis Cibernéticos, 93% das pessoas que passaram pelo constrangimento admitem ter sofrido sequelas emocionais, sendo que 51% consideraram cometer suicídio. 

 

A jurisprudência é favorável não apenas às mulheres goianas, mas também ao rompimento com culturas de discriminação e de preconceitos. Na ementa produzida, Stefane utilizou conceitos da sociologia, psicologia bem como recomendações e tratados internacionais. A inovação se deve à aplicação de diretrizes contidas no Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, proposto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

 

A ação pioneira proposta pela relatora do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a juíza Stefane Fiuza, deve mudar de forma significativa o entendimento de magistradas e magistrados em casos desta natureza. O cumprimento do protocolo é uma obrigatoriedade no Poder Judiciário nacional desde março deste ano, quando foi aprovado no CNJ. 

 

O documento reúne considerações teóricas para que os julgamentos primem pelo direito à igualdade e à não discriminação de pessoas, de modo que o exercício da função jurisdicional se dê de forma a concretizar um papel de não repetição de estereótipos e não perpetuação de diferenças.

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Procon Goiás aponta variação de preços de presentes de Natal em 184%

O Natal está chegando e para orientar o consumidor que ainda vai às compras, o Procon Goiás realizou uma pesquisa com os itens mais procurados neste período, como perfumes, maquiagens, óculos, livros, tênis, eletrônicos e brinquedos. Somente em Goiânia, o levantamento foi realizado com 46 produtos de 31 estabelecimentos, dos dias 09 a 13 dezembro, e apontou diferenças superiores a 184% nos valores.

A boneca Barbie foi o item com maior variação na pesquisa, chegando a 184,33%. O produto está sendo comercializado de R$ 69,99 a R$ 199 nas lojas de Goiânia e região metropolitana. Entre os eletroeletrônicos também houve oscilação na chapinha Gama Italy, encontrada pelos pesquisadores entre R$ 69,90 e R$ 149, diferença de mais de 113%.

O levantamento também encontrou variação de 142,43% nos preços do brinquedo Hot Wheels City Transportador, que oscilaram entre R$ 329,99 e R$ 799,99, e de 107,99% na base Mari Maria, que pode ser encontrada com preços entre R$ 39,99 e R$ 82,99. A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

Pesquisa em Anápolis

O Procon Goiás também realizou um comparativo nas lojas de Anápolis. No município, 43 itens de 21 estabelecimentos participaram do levantamento, que ocorreu dos dias 09 a 11 de dezembro.

O livro Você Pode Curar sua Vida, da escritora Louise L. Hay, foi o item com maior variação, chegando a 174,64%. O produto está sendo comercializado de R$ 19,99 a R$ 54,90. A base Mari Maria Make-up também apresentou uma grande diferença de preços nas lojas de Anápolis. O item foi encontrado sendo comercializado de R$ 35,99 a R$ 79,99 chegando a 122% de variação.

Orientações

Pela variação considerável nos preços de um mesmo produto, o Procon Goiás orienta que o consumidor realize uma pesquisa antes de comprar qualquer presente para analisar os preços e as promoções de cada estabelecimento. O comprador também deve avaliar a qualidade dos itens para evitar a compra produtos danificados.

Vale lembrar que o consumidor pode pedir para abrir a embalagem para verificar que não há nenhum defeito, além de fazer os testes na loja quando se tratar de produto eletrônico. É importante estar atento também à política de troca de cada estabelecimento, já que o fornecedor não é obrigado a realizar trocas em razão de cor ou tamanho, somente em caso de produtos com defeito.

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