O acumulado da inflação em Goiânia em 2017 ficou em 3,40%, abaixo do índice registrado no ano anterior, de 7,31%, segundo dados divulgados pelo Instituto Mauro Borges. A cesta básica, composta por 12 alimentos, teve queda de 12,1%.
A redução da inflação teve como único fator a queda no preço dos alimentos, segundo o economista Antônio Eurípedes. O destaque na diminuição de valores foi o feijão, que caiu 45,30% em relação ao ano anterior. “Esse ano foi contemplado com um bom clima e sazonalidade para a produtividade de alimentos tanto da cesta básica quanto de outros que duram mais tempo, provocando então maior estoque de alimentos”, explica o economista.
Essa queda no preço dos alimentos da cesta básica acaba sendo positiva para famílias de baixa renda, ainda de acordo com Antônio. “O alimento tem um peso muito forte no orçamento da família e essa redução de preços acaba sendo de grande satisfação e melhora a qualidade de vida”, segundo o economista.
Outras áreas, como combustível, moradia, higiene e educação, passaram apenas por aumentos, ainda de acordo com Antônio, e não ajudaram a diminuir a inflação. “Outras áreas que não incluem alimentação acabaram sendo fatores negativos para a inflação no ano passado”, comenta Antônio.
Manter o padrão da inflação dentro da meta estabelecida pelo governo federal acaba impactando todos os estados do Brasil, porém não se pode ter tanta confiança e segurança, lembra o economista. “Há uma tendência de aumento no período seguinte se o produtor não se sentir seguro para ter ganho. Com a queda de preço, com certeza houve uma certa redução de ganhos do produtor e então esse grupo pode comprometer de acordo com seus interesses, além da sazonalidade, que está sempre sujeita a mudanças”, finaliza o economista Antônio Eurípedes.