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Inflação vai de 0,89% á 1,14% em setembro, de acordo com prévia

Última atualização 24/09/2021 | 19:52

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (24) dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), onde aponta uma prévia da inflação oficial do país, a qual acelerou de 0,89% em agosto para 1,14 em setembro.

O resultado é o maior para o mês de setembro, desde que o Plano Real foi criado em 1994, quando a inflação ficou em 1,63%. Ainda batendo recordes, é a maior taxa do indicador desde 2016, quando ficou em 1,42%.

De acordo com doutor em economia e professor da UFG, Edson Roberto, a gasolina e a energia elétrica foram os itens que sofreram mais impacto com o aumento.

“Os combustíveis se destacam com o aumento de quase 44% do preço do etanol nos últimos 12 meses e 33% do preço da gasolina no mesmo período”, pontua Edson.

Segundo o IBGE a energia elétrica teve alta de 3,61% em setembro, abaixo da registrada em agosto, que foi de 5%. Para o economista, o aumento da inflação impacta diretamente na mesa da população menos favorecida.

“A inflação reduz o poder de compra das pessoas e tem impactado especialmente as pessoas mais pobres. Para essas, a inflação mais alta tem significado ou a redução do número de itens adquiridos, ou a redução da qualidade desses itens ou até mesmo a falta de alguns bens essenciais no dia dia” e acrescenta “e o grande problema é que os itens que estão puxando a inflação são essenciais e de difícil substituição, causando o empobrecimento de muitas famílias”.

Além do transporte e da habitação (energia elétrica) os setores de artigos de residência e saúde e cuidados pessoas também tiveram variações. Em setembro, no setor de alimentação, a inflação foi de 1,02% (agosto) para 1,27%. A taxa tem acelerado desde março. O aumento das carnes foi o principal motivo para o acirramento, com reajuste de 1,10%.

Para ‘amenizar’ a falta de alimentos na mesa, o economista dá uma dica: “Muitos produtos, como energia, gás de cozinha e alimentos são de difícil substituição, mas as famílias os estão substituindo na medida do possível. É preciso tentar aproveitar eventuais promoções, especialmente em algumas redes de supermercados que possuem dias específicos nos quais fazem promoções de frutas e verduras e de carnes”, conclui.