Influencer denuncia morte de irmão de 3 anos por negligência médica

Um influenciador do Ceará, conhecido no Instagram como Paulo Henrique, comoveu a internet ao compartilhar o desespero da família ao tentar atendimento para o seu irmão mais novo, João Gabriel Sousa de Silva, de 3 anos. A criança faleceu na tarde desta segunda-feira (18), após reclamar de dores no abdômen e febre alta. Família atribui a morte à negligência médica e falta de estrutura no hospital.

Nas redes sociais, Paulo Henrique contou que a criança estava com 39 graus de febre quando foi levado pela primeira vez no hospital, no domingo.

“O médico atendeu, passou uma injeção, ele tomou a injeção e passou uns remédios para a minha mãe comprar e ela comprou. Ele tomou a injeção e nada da febre dele baixar, aí nós levamos para o enfermeiro. O enfermeiro deu um remédio que baixou a febre, ele melhorou mais e nós viemos para casa”, conta.

Contudo, o menino voltou apresentar piora na madrugada de segunda-feira (18) e precisou ser levado novamente ao hospital. O influencer explica que o médico teria demorado mais de 30 minutos para atender, além de passar novamente injeções para que a febre da criança abaixasse, sendo que ele já havia tomado uma anteriormente. A família voltou com a criança para casa apresentando 38,1 graus.

Horas depois, o menino voltou a acordar com dores e estava ”roxinho”. “Aí minha mãe deu entrada no hospital novamente com ele. Chegou lá o médico botou ele no soro. Quando foi 12h meu irmão começou a passar mal, tentaram reanimar, mas ele morreu”, afirmou.

Em comunicado a imprensa, a Secretária de Saúde de Itatira garantiu que tomar ”todas as providências e medidas para apurar o procedimento de atendimento” da criança.

O médico foi afastado temporariamente e o caso deve ser acompanhado pela Secretária.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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