Influencer perde parte do lábio superior após harmonização facial dar errado

Influencer perde parte do lábio superior após harmonização facial dar errado

A influencer Mariana Michelini, de 35 anos, teve a boca deformada e perdeu parte do lábio superior após fazer uma harmonização facial com uma dentista de Matão, munícipio no interior de São Paulo. Ela passou por procedimento há quase quatro anos. Agora, a influencer passa por uma reconstrução do rosto.

Mariana possui 36 mil seguidores em suas redes sociais, onde divulga lojas de roupas e fala sobre maquiagens. Além disso, ela também é balconista em uma farmácia da região.

Micheline decidiu passar pelo procedimento há quatro anos com o objetivo de melhorar a aparência. Para isso, ela aproveitou o número de seguidores e prometeu um tipo de ‘permuta’ para uma dentista da cidade. Na ocasião, o procedimento estético seria feito de forma gratuito e, após o resultado, Mariana divulgará a clínica de estética em suas redes sociais.

A dentista realizou o procedimento que não teve nenhum tipo de reação nos primeiros dias. No entanto, seis meses depois, Mariana acordou com o rosto vermelho e inchada.

A influencer procurou por ajuda na própria clínica e, nervosa, a dentista contou que não sabia o que fazer na ocasião. Foi assim que Mariana acabou descobrindo que teria que retirar parte do lábio superior. Agora, Mariana acabou tendo que reconstruir todo o rosto.

O que deu errado?

Mariana, desconfiada da operação e da substância utilizada, decidiu procurar um médico para que fosse descoberto o que realmente causou a deformação. Nos resultados de uma biopsia, o profissional constatou que havia sido utilizado uma substância plástica, polimetimetacrilato (PMMA), no rosto no lugar do ácido hialurônico.

A descoberta ajudou com que Mariana conseguisse conter o inchaço e diminuir a dor que sentia no rosto. “Mesmo me vendo deformada, foi feito o melhor possível. Continuei trabalhando do mesmo jeito, de máscara e, inclusive, não saio sem, por vergonha, mesmo todo mundo já sabendo.”, contou.

A influencer recorreu a sessões de câmara hiperbárica para auxiliar na cicatrização e regeneração do rosto. Pouco tempo depois, o produto aplicado passou a migrar para outras partes do corpo e foi então que Mariana recorreu a um cirurgião especialista na remoção de PMMA, no sul do país.

“O meu maior sonho é ter meu rosto de volta, poder ter vida social, poder sair, poder me sentir linda novamente”, afirmou Mariana em entrevista à CNN.

Substância não recomendada

Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) reiterou que o uso da substância conhecida como PMMA ou bioplastia não é recomendada para este tipo de procedimento pois é extremamente perigosa.

A substância se trata de um plástico não absorvível e que, apesar de ser liberado pela Anvisa, não é recomendado para o uso estético exatamente pelas reações que podem causar. O uso deste tipo de produto é recomendado apenas para correções de pequenas deformidades e em pacientes com lipodistrofia de HIV.

Em casos extremos, o uso desta substância pode levar até mesmo a morte.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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