Influenciador digital preso por maus-tratos contra a filha é solto em Goiás

Influenciador digital preso por maus-tratos contra a filha é solto em Goiás

O Tribunal de Justiça de Goiás soltou o influenciador Igor Viana, suspeito de maus-tratos contra a filha com paralisia cerebral e desvio de doações para a menina. A decisão recorrer a algumas determinações para o acusado, como proibição do uso de redes sociais para pedir doações em nome da filha.

“O banco não respondeu à quebra de sigilo de forma completa, fizemos um novo pedido, que foi autorizado pelo juiz, mas ainda não foi finalizado. O juiz entendeu que ele não deveria ficar preso até esse resultado, que deveria aguardar em liberdade, por se tratar de prisão preventiva”, explicou a delegada Aline Lopes, ao g1.

A soltura ocorreu nesta terça-feira, 3, e foi confirmada pela defesa do influenciador. Igor e a mãe da criança estão sendo investigados pelos crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoas com deficiência, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de crianças e maus-tratos.

A guarda da criança foi repassada pelo Conselho Tutelar para a avó paterna.

Investigação

Igor Viana foi preso em 2 de agosto deste ano, em Goiânia, em um apartamento alugado. Ele estava junto com a mãe da criança, que não foi presa, mas também é investigada. O influenciador foi encaminhado até Anápolis, a 55 km da capital, onde permaneceu preso desde então.

O caso passou a ser investigado após denúncias anônimas apontarem para um cenário de descaso e possível violência por parte do pai, um influenciador digital com milhares de seguidores.

Testemunhas afirmavam que a criança era frequentemente deixada sozinha, em condições precárias de higiene e sem receber os cuidados básicos que sua condição exige. Diante da gravidade da denúncia, a Polícia Civil iniciou uma investigação, culminando na prisão temporária do influenciador.

Durante a investigação, a polícia encontrou vídeos em que o suspeito chama a filha de inútil após pedir para que ela vá ao mercado. Já em outras imagens, Igor aparece debochado da criança e mostrando a rotina de cuidados.

Em depoimento, Igor contou que fazia ofensas contra a filha para comover os seguidores e conseguir engajamento nas redes sociais. “Ele confirma que havia um combinado entre ele e a mãe da menina para produzir um tipo de conteúdo simulando brigas e confusões na intenção de engajar seguidores”, conta Aline.

O influenciador disse ainda que ele não era obrigado a usar o dinheiro enviado por meio de doações para a filha.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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