Influenciador morre após anestesia geral em estúdio de tatuagem: profissional é indiciado

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Profissional é indiciado após morte de influenciador por aplicar anestesia geral

A Polícia Civil indiciou um homem por homicídio culposo, sem intenção de matar, após o falecimento do influenciador Ricardo Godoi, que teve uma parada cardiorrespiratória ao receber anestesia geral em janeiro na cidade de Itapema. O empresário, que morreu logo após o procedimento, estava se submetendo a uma tatuagem nas costas quando ocorreu a fatalidade.

O responsável pela aplicação da anestesia geral no influenciador foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo e o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para análise. Os detalhes da investigação não foram divulgados pelo delegado Aden Claus, que conduziu o caso.

A causa da morte de Godoi foi determinada como parada cardiorrespiratória, de acordo com o hospital onde o procedimento foi realizado. Após o exame no corpo do empresário e influenciador, foi confirmado que ele sofria de hipertrofia cardíaca, um desenvolvimento excessivo dos músculos do coração.

O influenciador, que deixou quatro filhos, uma neta e era proprietário de uma empresa de carros de luxo, morreu nas dependências do Hospital Dia Revitalite, em Itapema. O estúdio de tatuagem responsável pelo procedimento informou que a parada cardiorrespiratória ocorreu antes mesmo do início da tatuagem e que medidas de reanimação foram tentadas sem sucesso.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (CRM-SC) informou que não há restrições a profissionais especializados para administrar anestesias em procedimentos de tatuagens, desde que a relação risco-benefício seja avaliada. O hospital onde ocorreu o procedimento divulgou uma nota lamentando o ocorrido e ressaltando que sua participação se limitou à disponibilização de espaço e equipamentos.

O estúdio de tatuagem contratou um médico anestesista e uma equipe especializada para o procedimento, que contava com sedação e intubação. Mesmo com exames de sangue sem riscos aparentes e a assinatura do termo de consentimento pelo procedimento por parte de Godoi, a parada cardiorrespiratória ocorreu logo no início da sedação e intubação. O estúdio lamentou a fatalidade e reiterou que todos os procedimentos seguiam as normas e protocolos estabelecidos.

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