Influenciador suspeito de desviar doações de filha com paralisia cerebral é preso em Goiânia

Influenciador suspeito de desviar doações de filha com paralisia cerebral é preso em Goiânia

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu o influenciador Igor Viana, que é suspeito de desviar doações feitas para a filha com paralisia cerebral, por atrapalhar as investigações. Residente de Anápolis, onde o crime é investigado, ele foi encontrado em um apartamento alugado por aplicativo, em Goiânia, junto com a mãe da filha.

“Ele estava atrapalhando as investigações e chegou a apresentar um celular antigo ao invés do atual que ele usava. Com isso, conseguimos a prisão preventiva dele”, disse Aline ao g1.

A prisão de Igor ocorreu na última sexta-feira, 2, em cumprimento a um mandado expedido no dia anterior. Em nota, a defesa do influenciador informou que ficou surpresa com a prisão dele e que ele colaborou com toda a investigação, já prestou esclarecimento a autoridades policiais e forneceu todos os documentos solicitados.

Em depoimento, Igor justificou que saiu de Anápolis e alugou um apartamento em Goiânia pois estava se sentindo ameaçado na cidade. Igor e a mãe da criança estão sendo investigados por crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoas deficiente, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos.

A criança está sob guarda da avó paterna.

Relembre o caso

Igor Viana ficou conhecido nas redes sociais ao compartilhar vídeos de rotina da filha, de 2 anos, que possui paralisia cerebral.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) após diversas denúncias de maus-tratos chegarem na corporação. Ao verificar o caso, a polícia encontrou diversos vídeos em que o suspeito aparece causando constrangimento à criança e chega a chamá-la de inútil após pedir para que ela vá ao mercado sozinha.

Além disso, em vídeos, o influenciador aparece sempre brigando com a mãe da filha. Á polícia, ele admitiu que fingia as brigas para comover os seguidores e que fazia ofensas contra a filha nas redes sociais de forma irônica para conseguir engajamento nas redes sociais.

“Ele confirma que havia um combinado entre ele e a mãe da menina para produzir um tipo de conteúdo simulando brigas e confusões na intenção de engajar seguidores”, conta Aline.

O influenciador também pedia doações nas redes sociais para conseguir doações e pagar despesas de tratamento da filha. No entanto, Igor disse em áudio que não era obrigado a usar dinheiro enviado para a conta dele apenas com a menina. Além disso, ele alegou que, apesar de possuir apenas 10% do cérebro funcionando, a criança é ‘chata’ e que dá muito trabalho.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos