Júlia Peixoto acusa loja de tentar “embranquecer” seu filho de 1 ano
A influenciadora rasgou o verbo nas redes sociais depois de ver uma imagem de Kevin, de um ano, com cor e traços alterados. Júlia Peixoto rasgou o verbo nas redes sociais. A influenciadora ficou pistola depois de ver uma foto do seu filho, Kevin, de um ano, alterada. Ela acusou uma loja, onde confeccionou o look de aniversário do menino, de racismo depois de uma divulgação onde tentavam “embranquecê-lo”.
“Me deparei com algo bizarro eu fiz duas roupas para o Kevin: uma para o ensaio de um ano e uma para a festa, em lugares diferentes. A loja da roupa que eu fiz para o ensaio, postou duas fotos dele. Eu olhei as fotos, assim que me marcaram, não é coisa da minha cabeça. Eles, simplesmente, tentaram embranquecer o Kevin nas fotos”, disse revoltada.
USO INDEVIDO DE IMAGEM
Júlia explicou que sequer foi consultada pela marca, pedindo autorização para usar a imagem do bebê. Ela ainda contou que “mexeram” na orelha, no nariz e no cabelo cacheado do menino, tirando uma mecha mais acentuada. E, ao questioná-los, teve como reposta que o resultado se deu por conta de um programa de edições.
“Não tem essa de Remini, não tem essa. Porque eu uso o Remini e continuo da mesma cor. Não tem que editar foto do filho dos outros, entendeu? É uma foto que já tava editada, que já tava perfeita”, ressaltou.
FOTO REMOVIDA
Peixoto lembrou que após o exposed o registro de Kevin foi removido do perfil da loja e que segundo informações, as alterações não foram propositais. Mesmo assim, a moça fez questão de frisar que no feed do perfil da empresa no Instagram, só haviam fotos de crianças brancas.
“Eu não vou expor o arroba [nome] aqui, porque eu não concordo com esse movimento. Isso pode atrair hate para eles e, por mais que tenha acontecido essa situação bizarra comigo, com o Kevin, com a nossa família, eu não vou expor”, destacou.
MEDIDAS JUDICIAIS
Júlia garantiu que irá tomar medidas judiciais cabíveis: “Vou entrar em contato com a advogada e ver qual a providência que a gente pode tomar diante dessa situação, mas eu não vou expor [o nome da loja. É uma situação muito chata e, enfim, a gente fica pensando no futuro, no que pode acontecer. Cabe a nós proteger o nosso filho e ensinar ele a se proteger também.”
RACISMO ESTRUTURAL
A empresária seguiu declarando que o desabafo tinha por finalidade defender Kevin. “Eu tô aqui, como mãe, protegendo a identidade do meu filho. Ele é perfeito do jeito que veio ao mundo. Tô aqui para poder proteger e defender os traços do meu filho, proteger a sua autoestima. Quando se muda traços de crianças negras e pardas, ela precisa se adaptar para poder ser aceita no mundo ideal e não é assim que tem que ser, isso aqui precisa ser discutido, isso aqui precisa ser debatido e precisa acabar”, frisou.
Júlia Peixoto concluiu a mensagem citando que houve, sim, preconceito, mas ponderou. “Eu não tô demonizando a pessoa que fez isso, mas isso se encaixa no racismo estrutural, sendo intencional ou não. Eu, mãe de uma criança negra, uma pessoa que se considera parda, achei super necessário vir aqui expor essa situação”, finalizou. Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do Metrópoles.