Influenciadora de Brasília é presa após agredir a mãe em desentendimento familiar

A influenciadora e empresária Larissa Cardoso Pires, de 27 anos, foi presa na tarde deste sábado, 16, após agredir sua mãe, Silvia de Araújo Cardoso, durante um desentendimento relacionado à gestão do comércio familiar, a loja Bonita Show Room, localizada em Taguatinga Norte, no Distrito Federal. O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Centro, e, neste domingo, 17, Larissa foi liberada por determinação da Justiça. Nas redes sociais, ela negou as acusações de agressão e alegou que agiu em legítima defesa.

O conflito entre mãe e filha teria começado por divergências sobre a administração financeira da loja, que foi criada por Silvia e registrada inicialmente no nome de Larissa. Segundo relatos, a disputa envolveu o destino das vendas realizadas, transferências de equipamentos e alterações no sistema de pagamentos da empresa, incluindo o uso de contas bancárias de terceiros para o recebimento dos valores. Silvia tentou resolver a situação retirando as máquinas de pagamento que estavam registradas em nome de outros familiares, incluindo o genro de Larissa.

O episódio de violência ocorreu quando Silvia, sem conseguir um acordo com a filha, foi até uma unidade da loja que está em construção. Lá, Larissa exigiu a devolução das chaves, o que resultou em um confronto físico. Silvia relatou à polícia que Larissa partiu para cima dela, tentando pegar suas chaves à força. Durante o confronto, Larissa teria agredido Silvia com unhas e cotoveladas, além de aplicar um golpe conhecido como “gravata”.

O conflito piorou com a participação de Danilo, marido de Larissa, que também estava no local e, segundo a vítima, teria jogado documentos da empresa para o alto. Após a agressão, a Polícia Militar foi chamada e encontrou Silvia com lesões visíveis, como arranhões no pescoço e nos braços.

Larissa, por sua vez, afirmou que sua mãe havia invadido a loja e estava se apropriando indevidamente dos equipamentos de pagamento, como as máquinas de cartão de crédito. A polícia prendeu Larissa em flagrante, enquanto Silvia foi atendida por médicos e realizou um exame de corpo de delito.

A Polícia Militar informou que não foram encontradas lesões visíveis em Larissa, mas as evidências das agressões contra Silvia foram suficientes para a autuação de Larissa por violência doméstica. A vítima manifestou interesse em processar a filha e solicitou medidas protetivas de urgência para garantir sua segurança.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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