Influenciadora é presa suspeita de incitar ataques em escolas

Influenciadora é presa suspeita de incitar ataques em escolas

Uma influencer com mais de quatro milhões de seguidores foi presa suspeita de incitar jovens a cometer massacres em escolas em Governador Valadares. A prisão ocorreu nesta quinta-feira, 20, durante a Operação Por Trás das Máscaras, coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

De acordo com a corporação, a jovem de 22 anos passou a ser investigada após a circulação de ameaças de ataques em escolas no município mineiro. Após a apuração, foi verificado que a suspeita vinha cometendo crimes, principalmente em aplicativos de compartilhamento de vídeos, onde incentiva ameaças e ataques contra alunos e professores de escolas públicas.

“A jovem é muito conhecida em suas redes sociais pelo grande número de visualizações em suas postagens, principalmente na mídia social de compartilhamento de vídeo, onde acumula mais de quatro milhões de seguidores. Além disso, ela já foi investigada, anteriormente, pela prática de crime de falsa identidade e falsidade ideológica”, afirmou o delegado Márdio Bento Costa.

Na casa da suspeita foram apreendidas três máscaras – no estilo máscara de fantasma e personagem do filme O Pânico -, uma blusa de manga comprida e dois celulares.

A  jovem foi detida e conduzida até a delegacia, sendo posteriormente encaminhada ao sistema prisional. Ela será investigada por crimes de ameaça, corrupção de menores, incitação à prática de crimes, apologia ao crime e divulgação de informação ou notícia falsa.

Vida simples 

A influenciadora é conhecida nas redes sociais pelo estilo simples de vida, expresso nos vídeos compartilhados nas redes sociais com desenhos e cosplay. No Instagram, ela possui pouco mais de 357 mil seguidores.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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