Influenciadora mineira relata sofrimento por perseguição de stalker: ‘ansiedade e impacto na vida pessoal’

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Influenciadora mineira desabafa sobre anos de ataques de stalker: ‘ansiosa, não
trabalhava nem comia’

A influenciadora Poliana Alves foi perseguida entre 2021 e 2024 por stalker, que
também é influenciadora. A mulher inventou que a vítima traiu a parceira para
prejudicar a relação.

Poliana Alves foi vítima de stalking entre 2021 e 2024 em João Pinheiro — Foto:
Reprodução/Redes Sociais

“Eu até pensava que estava me preocupando com algo bobo, mas começou a me
afetar, me tornei muito ansiosa, não conseguia mais trabalhar nem comer”. Esse é
o relato da influenciadora digital Poliana Alves, de 30 anos, que sofreu por
quase quatro anos com as perseguições de outra influenciadora de João Pinheiro, no Noroeste
de Minas Gerais.

O caso foi investigado pela Polícia Civil e a stalker, de 25 anos, foi indiciada
pelos crimes de falsa identidade, perseguição (stalking) e corrupção de
testemunha. O inquérito foi concluído na sexta-feira (14). O nome da indiciada
não foi informado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, a investigação criminal revelou que os crimes ocorreram
entre 2021 e 2024. Na época, a suspeita usou perfis falsos em redes sociais para
perseguir sistematicamente Poliana, com mensagens críticas e assediadoras.

A vítima afirmou que não sabe o motivo da perseguição.

“Tudo começou com comentários que diziam para eu melhorar o meu conteúdo. De
início eu ignorava, levava como críticas construtivas, mas tudo foi evoluindo.
Se eu repetia uma roupa, o perfil ia lá e comentava de maneira negativa, se eu
postasse uma maquiagem, outro comentava algo sobre minha aparência.

Com o tempo, as mensagens se tornaram mais agressivas, incluindo críticas sobre
falta de criatividade, sugestões sobre como conseguir mais seguidores e
comentários depreciativos sobre a aparência da influenciadora.

Poliana e a namorada foram vítimas de ataques da stalker, que mentiu sobre
suposta traição — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo a vítima, a perseguição também afetou diretamente a vida pessoal e o
relacionamento com a namorada com mensagens sobre falsas traições.

Durante a investigação, a Polícia Civil reuniu provas, incluindo capturas de
tela com as mensagens e comentários difamatórios enviados pela investigada, além
de depoimentos de testemunhas e análise de áudios.

Foi identificado que a indiciada tentou corromper uma testemunha, oferecendo
orientação para mentir em depoimento e prometendo assistência jurídica. O fato
resultou no indiciamento por corrupção de testemunha, que pode resultar em até
quatro anos de prisão.

Mesmo após o fim da investigação, Poliana disse que não entendeu por que se
tornou alvo da stalker, que ela considera uma mulher linda e de sucesso.

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