Influenciadora morre após procedimento estético em clínica de Goiânia

A Vigilância Sanitária interditou a clínica de estética, em Goiânia, onde uma influenciadora realizou um procedimento estético e faleceu após complicações de saúde. A dona do local, Grazielly da Silva Barbosa, foi presa pela Polícia Civil de Goiás suspeita de crimes contra as relações de consumo.

A influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, morreu em um hospital particular de Brasília, dez dias após passar pelo procedimento estético para aumentar os glúteos com a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA). O corpo dela será sepultado nesta quinta-feira, 4, no Cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal.

A prisão da dona da clínica foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) de Goiás. Em nota, o Conselho Regional de Biomedicina (CRBM) de Goiás informou que nenhum registro profissional foi encontrado no nome de Grazielly.

Procedimento

Segundo a família da influenciadora, o procedimento foi realizado no dia 23 de julho, em uma clínica de Goiânia (GO). A mãe da modelo informou que ela já havia passado por diversos procedimentos no local e que, por isso, confiou na dona da clínica para a aplicação da substância plástica.

Aline recebeu aplicações de 30 ml de PMMA em cada glúteo. Ela foi liberada no mesmo dia, mas começou a passar mal com desconforto abdominal e febre no dia seguinte. A mãe recomendou que a influenciadora falasse com a dona da clínica, que teria respondido que a febre “era normal”.

A influenciadora foi internada após desmaiar em casa e ser levada a pressas para um hospital particular na Asa Norte, onde foi medicada. Ela foi transferida para o Hospital Regional de Asa Norte (Hran), da rede pública, pois não possuía plano de saúde.

Aline chegou ao Hran com pressão baixa e batimento cardíaca acelerado. Em poucas horas, o estado de saúde se agravou e foi necessário a entubação da influenciadora em um leito de UTI. Ela foi transferida novamente para um hospital particular, mas sofreu uma parada cardíaca e acabou morrendo na última terça-feira, 2.

A influenciadora e modelo possuía mais de 40 mil seguidores seguidores nas redes sociais e era casada, deixando também dois filhos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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