Caso Adriana Oliveira: áudios da influenciadora morta revelam medo após visita
suspeita do sogro dias antes do crime no Maranhão
Em áudios enviados por Adriana Oliveira à pessoas próximas, ela conta que o
sogro visitou a sua casa na companhia de um homem suspeito e que ele seria um
‘capanga’ dele. O sogro da vítima e o marido dela estão presos por suspeita de
envolvimento no caso.
Uma semana após ter sido morta a tiros dentro de casa em Santa Luzia (MA), trechos de áudios enviados pela influenciadora digital Adriana Oliveira à pessoas próximas, relataram medo e desconfiança da vítima após uma visita feita pelo sogro à casa dela, dias antes do crime. O sogro da vítima e o marido de Adriana estão presos por suspeita de participação do caso.
Nos trechos, Adriana relata que o sogro dela, conhecido como Antônio do Zico, foi até a sua casa acompanhado de um homem desconhecido para olhar um caminhão estacionado próximo a casa da influenciadora. Segundo a vítima, o sogro não teria falado com ela e, ao ver ele acompanhado do homem, ela revela que achou que o sogro tinha levado ‘um capanga’ para matar ela’, diz Adriana em um trecho do áudio.
Em outro trecho, a influenciadora afirma ter ficado com medo da atitude suspeita e, por isso, teria se trancado dentro de casa. Adriana Oliveira também diz que achou que o sogro e o homem estariam checando se haviam câmeras de segurança no muro da casa onde ela vivia.
Desde o domingo (16), o marido de Adriana, Valdiley Paixão Campos e o sogro dela, conhecido como Antônio do Zico, foram presos pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime. O caso segue sendo investigado que ainda trabalha para identificar quem efetuou os disparos contra a vítima, se há outras pessoas envolvidas no crime, além da motivação do crime.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia Civil do Maranhão mostraram um motociclista apontado como uma terceira pessoa suspeita de envolvimento na morte da influenciadora digital Adriana Oliveira. O homem, em uma moto preta, é visto trafegando em alta velocidade em uma avenida nas proximidades de onde a influenciadora digital morava. As imagens foram registradas por volta de 13h, de 15 de março, mesmo dia em que Adriana foi morta a tiros.
Dias antes de ser morta, Adriana Oliveira também enviou áudios à pessoas próximas citando o nome de uma mulher que ela alega que ‘contava mentiras’. A pessoa citada por ela era cunhada da vítima, Vanderleia. Ela foi intimada e prestou depoimento à polícia. Vanderleia negou qualquer tipo de envolvimento com a morte da influenciadora digital e espontaneamente entregou senhas e o seu celular para a polícia.
Em nota ao DE, Irandy Garcia, advogado de defesa de Antônio do Zico e Valdiley Paixão diz que as acusações são precipitadas e lamentou o uso de vídeos falsos que circulam nas redes sociais que prejudicam a apuração correta do caso. O advogado diz ainda que a defesa vai conseguir provar a inocência dos suspeitos e nega que a narrativa de uma suposta relação conturbada entre o casal.
A influenciadora Adriana Oliveira, de 27 anos, foi morta a tiros dentro de sua casa na noite de sábado (15), em Santa Luzia (MA). Segundo a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), o marido de Adriana estava em casa no momento do crime. Após a morte da influenciadora, o marido e a cunhada da vítima chegaram a ser ouvidos pela polícia, mas foram liberados. Com novos indícios sobre o caso, ele e o pai foram presos ainda no domingo. O caso gerou muita comoção já que a vítima trabalhava como influenciadora digital e era muito popular na cidade. Nas redes sociais, ela tinha mais de 29 mil seguidores e compartilhava detalhes de sua rotina e de seus trabalhos.