Influenciadoras goianas denunciam ex-namorado por agressões

Conhecidas em Goiânia por serem influenciadoras digitais, Thauany Inácio e Thaynara Stefanny denunciaram nesta semana casos de agressão por parte do ex-companheiro Matheus Faleiro Costa, de 22 anos. Elas divulgaram em suas redes sociais os relatos das violências e ameaças sofridas e também fotos dos hematomas. Ambas prestaram queixa na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a Polícia Civil informou que os casos serão apurados.

Thauany registrou um boletim de ocorrência contra Matheus, com quem tem um filho, no último domingo (18), após divulgar as imagens em seu perfil no Instagram. Ela relata que dois dias antes, durante uma discussão ele jogou um controle remoto no rosto dela e fez ameaças. Em 2020, Thauany conseguiu uma medida protetiva contra o ex-namorado, por agressões registradas na época, mas em janeiro deste ano, eles reataram o namoro.

“A gente estava junto desde julho de 2019. As agressões começaram um mês depois. Depois que engravidei dele, as agressões ficaram piores, ele chegou a tentar me dar um chute na barriga quando estava grávida. Em outra vez, ele me enforcou na frente do meu outro filho”, contou Thauany.

Thaynara, teve um relacionamento com Matheus entre 2015 e 2018. Eles tem um filho de 5 anos. A influenciadora contou que durante o namoro sofria agressões constantemente. “Ele era muito ciumento, tendo agressões verbais, físicas, com empurrão, jogando objetos, agredindo até meu cachorro. A polícia já o prendeu em flagrante quando me batia no nosso apartamento”, contou em entrevista ao G1.

Thaynara disse que tinha medo e achava que não adiantaria seguir com as denúncias, pois ele já tinha conseguido liberdade em uma das vezes e por isso não insistiu nos processos judiciais na época.

Matheus nega as acusações e diz que só agrediu Thaynara uma única vez, em que ela também o agrediu, mas que a lei está sempre a favor das mulheres. “Agora, agressões verbais teve. Que casal nunca teve uma briga, uma discussão?”, disse.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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