Influenciadores são presos pela segunda vez após descoberta sobre óleo de silicone

casal-investigado

Karine Gouveia, uma influenciadora e proprietária de uma clínica de estética em Goiânia, e seu marido, Paulo César Dias, foram presos novamente na última quarta-feira, 12 de março de 2025. A prisão ocorreu após uma decisão da Polícia Civil, que investiga procedimentos estéticos e cirúrgicos realizados na clínica que causaram danos a pacientes. O casal estava solto desde fevereiro, após decisão do STJ que considerou a prisão anterior desproporcional.

O casal é suspeito de crimes como organização criminosa, falsificação de produtos terapêuticos, lesões corporais gravíssimas, exercício ilegal da medicina, estelionato e outros relacionados à prática de procedimentos estéticos e cirúrgicos sem qualificação e autorização.

Entre as substâncias utilizadas em pacientes, o acusados teria aplicado óleo de silicone para preenchimento definitivo dos glúteos. “Os procedimentos eram efetuados de forma indevida e com o uso de substâncias proibidas como óleo de silicone e o PMMA, além da comercialização ilegal de medicamentos manipulados e substâncias proibidas pela Anvisa”, afirmou.

Reação da defesa

A defesa de Paulo César afirma que a prisão é “absurda e desnecessária”, argumentando que a Polícia Civil está “inventando” um “show de horrores” para induzir o Ministério Público e o Judiciário ao erro. Já a defesa de Karine afirmou que a influenciadora nega o uso das substâncias em procedimentos e que a investigação ainda não foi concluída.

“Não existe relatório final da autoridade policial. Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo. Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito de defesa dela”, declarou.A Polícia Civil apontou que Karine Gouveia afirmou ser formada em biomedicina, mas o Conselho Regional da 3ª Região negou que ela possua registro. A investigação revelou que foram usados materiais inadequados nos procedimentos, e que a clínica tinha alvará apenas para procedimentos minimamente invasivos.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp