A falta de visibilidade para as Pessoas com Deficiências (PCDs) ainda configura quadro preocupante. Isso porque, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem no Brasil mais de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. Dessas, 528 mil são incapazes de enxergar e outras seis milhões possuem baixa visão.
Podemos dizer que, no âmbito da construção civil, houve a preocupação nos últimos anos em soluções de mobilidade. Além disso, atualmente, acessibilidade de todos os tipos se tornou prioridade nos espaços físicos dos empreendimentos comerciais e residenciais. As adequações, inclusivas garantem, de maneira efetiva, o ganho de autonomia, uma vez que os portadores de deficiência física podem usufruir desses espaços com mais segurança e, comodidade.
De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan), em Goiânia, atualmente mais de 37 mil imóveis comerciais se adequaram para receber todos os públicos. Além disso, os novos empreendimentos já são construídos pensando no bem estar coletivo.
Segundo o Vereador William Veloso, presidente da Comissão das Pessoas Portadoras de Deficiência da Câmara Municipal de Goiânia, e que utiliza a cadeira de rodas há mais de 30 anos, a acessibilidade em geral na capital, melhorou muito nos últimos anos. Entretanto, ele afirma o que precisar mudado neste momento são os olhares das pessoas para os portadores de deficiência, seja ela, física, mental ou cognitiva.
“Apesar dessa evolução, ainda falta muito por parte da população, claro que quando falo isso, tem as exceções, mas falta empatia”, disse o Vereador.
Ainda de acordo com o vereador, o preconceito ainda é a maior barreira encontrada pela população portadora de necessidades especiais. “As pessoas precisam mudar sua forma de pensar e agir. Aquele ditado que dizem ai “pau que nasce torto morre torto” eu não concordo com ela. A gente está o tempo todo aprendendo e revendo nossas posições”, afirmou o Veloso. O parlamentar também afirma que as pessoas deveriam olhar o “mundo” de outra forma, já que todos estão suscetíveis a se tornar um PCD.
“Ninguém sabe o dia do amanhã. Amanhã ou depois pode passar por essa situação seja no seio familiar, na casa de um amigo. Então, a pessoa tem que procurar estudar e se informar sobre as causas”, ressaltou Veloso.
Lei de Acessibilidade
A Lei da Acessibilidade em Goiânia teve atualização em novembro de 2019 com novas regras. As mudanças foram feitas para promover a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ( PCD’s) ou com mobilidade reduzida.
A lei complementar de n° 324, foi aprovada no dia 28 de novembro de 2019 pela Câmara Municipal de Goiânia e sancionada pelo Prefeito Iris Rezende.
A lei ainda dispõe sobre a construção, modificação, adaptação e outros tipos de intervenções nas calçadas da Capital. Desde dezembro de 2015 a legislação municipal prevê que novos imóveis ou aqueles que passam por modificações devem adequar o passeio público dos pedestres às normas de acessibilidade, como a colocação de piso tátil e retirada de inclinações e pisos derrapantes.