Inglesa que usava fralda para conter menstruação descobre ter duas vaginas

Inglesa que usava fralda para conter menstruação descobre ter duas vaginas

Dois anos após dar à luz seu primeiro filho, a inglesa Shannon Webster recebeu a notícia de que possuía duas vaginas e dois úteros, o que explicava as intensas menstruações que a obrigavam a utilizar fraldas geriátricas.

Com 28 anos, Shannon havia passado por um aborto espontâneo quando os médicos diagnosticaram a anomalia congênita conhecida como útero didelfo.

Essa condição afeta apenas cerca de 0,03% das mulheres e é resultado de uma divisão adicional da cavidade uterina durante o desenvolvimento fetal. No caso de Shannon, essa anomalia resultou em duas vaginas e dois úteros, cada um com sua própria trompa de Falópio e ovário.

Desde os 14 anos, Shannon sofria com cólicas e um intenso fluxo menstrual. Após iniciar sua vida sexual, ela precisou recorrer às fraldas geriátricas devido aos vazamentos constantes dos absorventes.

Durante sua primeira gravidez, aos 17 anos, Shannon precisou passar por uma cesariana devido à falta de dilatação do útero. Os médicos, naquela ocasião, não haviam identificado sua condição.

Foi durante sua segunda gestação, que terminou em um aborto espontâneo, que os médicos descobriram os dois sistemas reprodutivos separados de Shannon.

A equipe médica acredita que o aborto pode ter sido causado pelo fato da gravidez ter ocorrido no útero direito, que é menor. Após a descoberta, Shannon passou por uma cirurgia para remover a parede interna que separava seus sistemas reprodutivos e, aos 22 anos, deu à luz seu segundo filho.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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