Inhumas surpreende com técnico Daniel Franco e rompe marcas importantes em apenas três jogos

Treinador gaúcho leva Pantera Avinhada à liderança do Goianão com 100% de aproveitamento e já se aproxima do primeiro objetivo na temporada

Inhumas vence, segue 100% e na liderança; veja a tabela completa do Goianão

DE lidera o Campeonato Goiano após três rodadas — Foto: Edivair Custodio Daniel Franco comanda o Inhumas no Goianão — Foto: Edivair Custódio

Campeão da Divisão de Acesso no ano passado, o Inhumas é a grande sensação do Goianão 2025. Com três vitórias em três rodadas, a Pantera Avinhada lidera a competição de forma isolada com nove pontos e já acumula marcas importantes.

Em 2023, por exemplo, o Inhumas somou apenas cinco pontos em toda a sua participação na primeira fase e foi rebaixado. No ano passado, os rebaixados Iporá e Morrinhos também fizeram apenas cinco pontos.

Comandado pelo técnico gaúcho Daniel Franco, o clube mantém os pés no chão. O foco é somar ainda mais na classificação para se garantir matematicamente na primeira divisão do ano que vem e só então pensar na luta por conquistas maiores neste Goianão.

DE derrotou Goianésia, Goiatuba e Abecat e visita a Jataiense neste sábado pela quarta rodada. Antes do jogo, o ge conversou com o técnico Daniel Franco. Aos 53 anos, ele topou o desafio de deixar o Rio Grande do Sul e desbravar novos ares após o convite do presidente do Inhumas, Paulo Roberto Barbosa.

Daniel Franco tem um longo histórico de serviços prestados no futebol gaúcho, incluindo dois títulos da Divisão de Acesso por lá. Ele também trabalhou com Roger Machado, atual técnico do Internacional, no Novo Hamburgo.

Depois de encerrar a carreira de jogador em 2003, o treinador se dedicou aos estudos. Daniel Franco é formado em educação física com pós-graduação em psicologia do esporte e do exercício. Ele também tem a Licença A de técnicos da CBF. Confira a entrevista com o técnico do Inhumas:

Como foi feita a preparação do time para o Goianão e quando ela começou?

– A preparação da equipe foi feita muito diretamente do presidente (Paulo Roberto Barbosa). O grupo já estava praticamente montado. Faltavam algumas peças pontuais, mas ele foi muito claro e eu aceitei o desafio pela importância da competição e pela oportunidade de disputar um campeonato num estado que é muito competitivo. Estou aqui desde o dia 2 de dezembro. Tivemos 45 dias de pré-temporada. Houve tempo necessário para eu conhecer os atletas e eles me conheceram. Assim, pudemos implantar nossa filosofia de trabalho.

A que você atribui as três vitórias seguidas nesse começo de competição?

– Não tem como ser diferente. Primeiro, agradeço muito a Deus por ter nos dado força, equilíbrio e sabedoria para termos conquistado estas vitórias. Depois, sem dúvida vem a força do elenco, o profissionalismo, a dedicação e a humildade dos atletas. Isso, junto com o trabalho, está nos conduzindo. Os atletas estão querendo que as coisas aconteçam e nós estamos vendo isso em campo. Isso é trabalho, profissionalismo e determinação. Atribuo essas vitórias aos jogadores, que compraram a ideia.

Os resultados surpreenderam ou estão dentro da normalidade?

– Ninguém esperava, principalmente as pessoas de fora, que uma equipe recém-chegada da Divisão de Acesso tivesse um início tão bom assim. Lógico que a gente trabalha sempre para conquistar o melhor, buscar os resultados e ter a melhor performance a cada jogo. Essa esperança quem nos deu foi o dia a dia, o jogo a jogo. A partir do primeiro resultado positivo, já começamos a pensar no segundo jogo. Trabalhamos, estudamos e depois trabalhamos para o terceiro jogo. Isso vai nos dando a certeza e a convicção que a gente pode sonhar com algo maior. Lógico que a gente não vislumbrou essas três vitórias porque a gente pensa jogo a jogo. É um jogo por vez, uma vitória por vez, não podemos pensar lá na frente porque temos adversários difíceis a cada rodada. É assim que vamos continuar.

Quais são os objetivos do Inhumas no campeonato?

– Toda equipe que sobe da Divisão de Acesso, isso não é só aqui no Goianão, são as equipes candidatas pela opinião pública e pela imprensa ao rebaixamento novamente. A gente até entende isso por questão de uma equipe (os adversários) já estar habituada à Série A, à montagem do elenco e a tudo que envolve a competição. Com certeza, nosso primeiro objetivo é livrar o Inhumas do rebaixamento. Depois, quando estivermos livres do risco, podemos buscar algo maior dentro da competição. Agora estamos próximos de transpor essa barreira e começar a pensar em algo maior. Mas, para isso, ainda precisamos de mais um resultado positivo.

Qual é a expectativa para enfrentar os times da capital, que estão na Série B do Campeonato Brasileiro?

– Sempre quando a gente vai enfrentar os clubes grandes a expectativa aumenta muito. Isso gera uma ansiedade na comunidade, no clube e nos atletas porque são jogos que têm uma visibilidade maior. Os atletas acabam aparecendo mais. Mas, como falei anteriormente, precisamos viver o jogo a jogo. Quando chegar a hora de a gente estudar as equipes da capital, vamos fazer isso e vamos passar para os atletas para que a gente possa ter um belo enfrentamento. Sabemos que todos os jogos são difíceis e que contra os grandes são mais difíceis ainda. Temos que manter nossa tranquilidade, humildade e trabalho para que a gente chegue numa situação bem mais tranquila.