O piloto Felipe Ramos Morais, preso em Goiás, no dia 14 de maio de 2018, em um condomínio de luxo em Caldas Novas é considerado o inimigo número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC). A Polícia Civil de Goiás contou que, na verdade procurava um piloto de Anápolis que estava desaparecido e era suspeito de trazer drogas do Paraguai para Goiás. No entanto, Felipe foi encontrado no lugar dele, usando um documento falso.
Felipe Ramos Morais foi quem levou os dois líderes do PCC para a morte a bordo de um helicóptero de propriedade de Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, um narcotraficante da Baixada Santista. Uma semana após as mortes de Gegê do Mangue e de Paca, Cabelo Duro foi assassinado com tiros de fuzil no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Segundo a Polícia Federal e a Polícia Civil do Ceará, Cabelo Duro recebeu a ordem do também narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, apontado como líder máximo do PCC, para assassinar Gegê e Paca.
Em entrevista ao Portal Uol, o piloto disse viver com escolta policial desde que foi solto, mas isso não lhe traz total segurança. “Eu não posso negar para você. Tenho muito medo de morrer”, disse Felipe ao UOL. A delação feita pelo piloto permitiu que a Polícia Federal executasse a prisão de dezenas de pessoas envolvidas com o PCC, além do bloqueio de R$ 1 bilhão em bens e em contas bancárias.