Dez anos após a morte de Gaia Molinari, um jovem foi preso injustamente e só conseguiu provar sua inocência após uma perícia particular contratada por sua defesa. O verdadeiro assassino de Gaia nunca foi identificado, mas o perito particular contratado explicou como foi fundamental para inocentar seu cliente.
Francisco Douglas Sousa, na época com 23 anos, era recepcionista de um hotel em Jericoacoara, Ceará, quando foi preso em março de 2016 devido a um vídeo em que ele caminhava com uma mulher semelhante a Gaia. As imagens eram do dia anterior à descoberta do corpo da turista italiana em 25 de dezembro de 2014.
A perícia contratada conseguiu provar que a altura da mulher no vídeo não condizia com a de Gaia e que na verdade era uma turista sueca, Desiree Elizabet Michaela Wagner, que estava a passeio em Jeri naquele dia. Após 44 dias preso, Douglas foi solto com base na análise realizada pelo perito Fernando Vasconcellos.
Após sua soltura, Douglas admitiu ter se sentido humilhado e mudou-se para a Alemanha, visitando o Ceará apenas em períodos específicos para ver sua família em Sobral. A advogada responsável pela defesa de Douglas destacou a importância da perícia para garantir sua inocência diante de acusações infundadas.
A polícia informou que a investigação do homicídio de Gaia Molinari continua em andamento, sem identificar até o momento o autor do crime. Ao longo dos anos, diversas perícias foram realizadas, porém ainda não houve a elucidação do caso. A falha em um circuito de câmeras de segurança comprometeu o início das investigações, mas o trabalho policial persiste na busca por novas evidências.
Mesmo com os esforços empregados, a polícia ainda não foi capaz de resolver o caso. A investigação permanece sob a responsabilidade da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), com o objetivo de descobrir novos fatos que possam contribuir para a solução do crime. A perícia particular foi essencial para a liberação de Douglas e para desvendar que o verdadeiro assassino de Gaia Molinari ainda está em liberdade.