Inquérito aponta imprudência em creche clandestina de Curitiba: morte de bebê foi fatalidade. Polícia indicia casal por homicídio culposo. Medidas preventivas são recomendadas.

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A conclusão do inquérito da Polícia apontou que a morte de um bebê em uma creche clandestina em Curitiba foi resultado da imprudência do casal proprietário do estabelecimento. Segundo as investigações, o bebê Gael Henry Cunha de Oliveira, de três meses, faleceu depois de se engasgar enquanto estava sob os cuidados dos responsáveis. O casal foi indiciado por homicídio culposo, uma vez que não havia a intenção de matar. A situação foi considerada uma fatalidade pela defesa.

Os proprietários da creche atuavam clandestinamente no cuidado de crianças há mais de 12 anos, sem histórico criminal de maus-tratos ou incidentes. No entanto, o inquérito policial revelou que o casal agiu com imprudência ao aceitar um número excessivo de crianças na creche, além de negligência na supervisão inadequada do bebê Gael, que necessitava de atenção e vigilância constantes devido à sua pouca idade.

No dia da tragédia, cerca de 20 crianças estavam na casa sob os cuidados do casal, pois as creches municipais estavam fechadas para atividades pedagógicas, conforme informado pela Prefeitura de Curitiba. As investigações ainda apontaram que o casal já tinha recebido visitas da Vigilância Sanitária e do Conselho Tutelar após denúncias nos anos anteriores ao ocorrido com Gael.

Além do indiciamento do casal, a Polícia Civil enviou ofícios à Administração Regional do Tatuquara, à Secretaria Municipal de Educação e à Prefeitura de Curitiba, com o intuito de alertar sobre os riscos do fechamento simultâneo de unidades educacionais e solicitar a adoção de medidas para evitar situações semelhantes. O inquérito será encaminhado à Promotoria da Infância do Ministério Público do Paraná para as devidas providências.

Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público decidirá se apresenta denúncia contra o casal responsável pela creche clandestina, que responde em liberdade. O delegado Fabiano Oliveira afirmou que, embora tenham sido negligentes, não houve intenção de causar mal por parte dos proprietários, destacando que se tratou de uma fatalidade. A defesa do casal reforçou que não há elementos que indiquem conduta dolosa ou negligente grave por parte dos envolvidos.

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