Um novo inquérito policial está em andamento para investigar a possível participação de mais pessoas no assassinato de Vinicius Gritzbach, um empresário que delatou integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) à Justiça e denunciou policiais corruptos. Além dos seis suspeitos já indiciados, o Ministério Público solicitou à Polícia Civil que investigue policiais militares responsáveis pela escolta ilegal de Gritzbach, agentes corruptos da polícia civil e até mesmo um hacker envolvido com operações de bitcoins.
A morte de Gritzbach aconteceu em novembro de 2024, quando ele foi executado com tiros de fuzil ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Câmeras de segurança registraram o crime, que agora está sob investigação para identificar todos os envolvidos. O MP de Guarulhos informou que pelo menos outras 25 pessoas são alvos da segunda parte da investigação, conduzida pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
No desenrolar das investigações, foi revelado que Gritzbach e o hacker Pablo Henrique Borges, além de terem sido sócios em operações de lavagem de dinheiro, também tinham desavenças financeiras. O empresário viajou para Alagoas para cobrar uma dívida do ex-sócio, motivando assim sua morte. O DHPP encontrou joias nas bagagens de Gritzbach com as iniciais de Pablo e de sua ex-mulher, acrescentando novos insights à investigação.
A promotoria apura que os responsáveis pela execução de Gritzbach receberam uma quantia em dinheiro, ainda não especificada. A suspeita é de que o crime tenha sido encomendado por traficantes ligados ao PCC e ao CV, devido ao envolvimento do empresário em atividades que prejudicaram financeiramente essas facções criminosas. A execução foi executada por policiais militares contratados, que contaram com a ajuda de um informante ligado ao PCC para rastrear o empresário.
Dos seis suspeitos indiciados pela morte de Gritzbach, três policiais militares permanecem presos, enquanto os mandantes e o informante ainda estão foragidos. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso, e a opinião pública aguarda por mais informações. É importante ressaltar que as defesas dos investigados negam qualquer envolvimento no assassinato do delator.
O desenrolar do caso Gritzbach expôs uma profunda conexão entre dezenas de policiais e facções criminosas, revelando um cenário de corrupção e violência que ultrapassa as fronteiras da lei. Com novos indícios e pessoas envolvidas sendo investigadas, espera-se que a verdade sobre a morte do empresário e suas conexões com o crime organizado sejam totalmente esclarecidas nos próximos desdobramentos do caso.