Inquérito Populacional ajuda a mapear casos de covid-19 em Goiânia

O quarto Inquérito Populacional Soroepidemiológico realizado pela Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no último sábado (11/07) mostrou um aumento no número de casos na capital. Das 2.577 pessoas testadas, 166 apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus. Segundo projeções da Vigilância Epidemiológica da SMS, isso significa que 6,4% da população de Goiânia já teve a doença. O distrito Norte teve o maior índice de contaminação, com 12,8%. Em seguida veio o distrito Leste, com 8,7%. A região Sudoeste continua com o menor índice (2,6%).

O superintendente de Vigilância em Saúde de Goiânia, Yves Mauro Ternes, explica os motivos de mais pessoas terem contraído o novo coronavírus. “Naquela região sempre há um enorme fluxo de pessoas principalmente por conta das Centrais de Abastecimento de Goiás (CEASA) e do amplo comércio varejista. Tudo isso acaba provocando aglomerações. Lá existe também uma grande circulação de caminhões vindos de todas as regiões do país por conta da proximidade com a BR-153”.

Para a titular da SMS, Fátima Mrué, o resultado do inquérito é norteador das ações que a prefeitura toma no enfrentamento à pandemia. “Como sabemos que a região Norte apresenta maior taxa de transmissibilidade, vamos concentrar as ações de prevenção por lá. Mas também é preciso que a população continue mantendo o distanciamento social, usando máscara, fazendo a higienização correta das mãos para que possamos conter o avanço da doença”, ressalta.

O resultado do inquérito está disponível no site da Prefeitura de Goiânia e pode ser consultado com o número de protocolo que foi entregue para cada uma das pessoas que fizeram a coleta. Os formulários que foram preenchidos nas entrevistas durante a testagem estão em processo de análise para conclusão do perfil das pessoas que fizeram o teste.

Porcentagem de casos positivos por Distrito Sanitário:

Leste: 8,7%

Norte: 12,8%

Noroeste: 6,4%

Sudoeste: 2,6%

Sul: 7%

Campinas / Centro: 3%

Oeste: 5,4%

Goiânia: 6,4%

Thiago Melo, da editoria de Saúde

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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