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Inquérito que apura injúria racial cometida por jogador Ramírez, do Bahia, é arquivado

O relator Maurício Neves Fonseca optou pelo arquivamento do inquérito que apurava suposto crime de injúria racial que envolvia Gerson, do Flamengo, e Ramírez, do Bahia. Segundo Fonseca, não havia provas suficientes para uma denúncia no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O relatório com a conclusão do caso já foi enviado e o caso está encerrado na esfera desportiva.

“No caso em apreço, temos apenas a palavra isolada do atleta Gerson, que embora tenha sido levada em consideração por este Colendo STJD, tanto que houve a instauração do presente inquérito, ela, por si só, não autoriza o oferecimento de denúncia, eis que desprovida de provas”, destacou o auditor.

Convocados a prestar esclarecimentos, Gerson, Bruno Henrique e Natan não compareceram. Os rubro-negros alegaram que estavam concentrados para o jogo contra o Vasco. Ramírez e Mano Menezes foram ouvidos.

O tricolor foi indiciado pelo crime de injúria racial contra o rubro-negro. A acusação foi feita pelo próprio Gerson, logo após o apito final. Na ocasião, ele afirmou que Ramírez disse “cala a boca, negro” durante uma discussão que aconteceu no segundo tempo do duelo.

Em nota, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) aponta que “testemunhas foram ouvidas, a súmula do jogo e imagens da partida foram analisadas e comprovam a indignação imediata de Gerson ao ouvir a ofensa racial. Além disso, em depoimento, seus companheiros de equipe acrescentaram que o jogador ficou muito abalado com a agressão, cabisbaixo e apresentou comportamento diferente do normal no vestiário e se recusou a encontrar parte do elenco após o jogo, pois estava triste com o fato ocorrido”. Ainda segundo a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, Ramírez, em depoimento, negou a injúria racial e garantiu que disse apenas “joga rápido, irmão”.