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A ação policial que resultou no fechamento de um “call center” clandestino de golpes de falso empréstimo no Centro do Rio trouxe à tona uma operação criminosa que vinha lesando diversas vítimas. A quadrilha, que atuava com promessas de redução de parcelas e quitação de dívidas anteriores, foi alvo de uma investigação da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti). Com a prisão de 45 pessoas e a apreensão de materiais como troféus e medalhas utilizados como prêmios por metas de golpes aplicados, a polícia evidenciou a extensão e gravidade das atividades ilícitas do grupo, que se estendia a outros estados.
De acordo com o delegado Mario Luiz da Silva, a ação que resultou no fechamento do “call center” decorre de um inquérito anterior que investigava uma quadrilha atuando na Baixada Fluminense. A expansão do grupo para o Centro do Rio se deu em meio a práticas fraudulentas que enganavam diversas vítimas, principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade. Os operadores do esquema ofereciam transações fraudulentas sem qualquer documentação legal que respaldasse suas atividades, atraindo vítimas com promessas falsas de empréstimos vantajosos.
Além dos troféus e medalhas, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos, tabelas de produtividade, máquinas de contagem de dinheiro e documentos que comprovam transações bancárias realizadas com possíveis vítimas em diferentes estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Os detidos foram autuados por associação criminosa, e a polícia destacou a conexão dos equipamentos apreendidos a aplicativos utilizados por quadrilhas de falso empréstimo para obter dados financeiros, endereços e contatos das vítimas, facilitando o golpe.
Segundo o delegado da Silva, o modus operandi da quadrilha envolvia convencer a vítima a contrair um novo empréstimo, prometendo quitar dívidas anteriores e oferecendo dinheiro extra. No entanto, uma vez que o valor era depositado em contas indicadas pelos criminosos, a vítima ficava sem qualquer contato posterior e arcava com os prejuízos. Uma das equipes do “call center” se autodenominava “lions”, com subdivisões como “Afeganistão” e “Paquistão”, ainda sem esclarecimento sobre o significado dessas denominações.
A ação da polícia no fechamento do “call center” clandestino no Centro do Rio evidencia a importância do combate aos golpes financeiros que prejudicam a população. A investigação e a prisão dos envolvidos representam um avanço na segurança pública, além de alertar sobre a necessidade de proteger os consumidores contra esquemas fraudulentos. O trabalho das autoridades para desarticular quadrilhas como essa contribui para a prevenção de crimes e a punição dos responsáveis, garantindo a segurança e a integridade da sociedade.