Nos últimos dias, diversos aplicativos têm apresentado instabilidade, dificultando o acesso por parte dos usuários. Além da plataforma de streaming de música Spotify, aplicativos de bancos – Itaú, Banco do Brasil e Nubank – também ficaram instáveis. Segundo especialista da Universidade Federal de Goiás (UFG), os problemas podem ter sido causados por ataques do tipo DDoS (negação de serviço).
No caso do Spotify, os perfis foram desconectados na última terça-feira (8). Ao tentar refazer o login, os usuários recebiam a mensagem: “Algo deu errado. Recarregue esta página ou tente de novo mais tarde. Pode levar um tempo até que tudo volte a funcionar normalmente”. Ela voltou a funcionar no mesmo dia. A plataforma de mensagens Discord também ficou instável, mas o serviço foi regularizado. Em novembro do ano passado, ambas já haviam apresentado instabilidade no mesmo dia. Horas depois o serviço foi normalizado
Na sexta-feira passada (4), clientes do Banco do Brasil e do Nubank passaram por problema parecido. No caso dos bancos, o aplicativo também impediu o login dos usuários, que tiveram ainda dificuldade de fazer transações via Pix. Um dia antes, na quinta-feira (3), foi o Banco Itaú que enfrentou instabilidade na plataforma digital e chegou a descartar ataque externo. Os clientes tiveram problemas ao consultar saldo e extrato, bem como fazer transferências por Pix.
Celso Camilo, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que as informações divulgadas sobre os casos ainda são incompletas, mas que as instabilidades têm características de um tipo específico de ataque externo.
“Com relação às instabilidades dos bancos, elas têm características de ataques do tipo DDoS (negação de serviço). O mesmo se assemelha com as instabilidades no Spotify e Discord. No entanto, problemas em aplicações acontecem todos os dias em frequências diferentes. Algumas podem ser coincidência, outras podem ser relacionadas”, detalha o especialista.
O professor destaca que este tipo de ataque não tem intenção de roubar dados dos clientes. “Como nenhuma das empresas se pronunciou sobre ataques, ainda deve-se esperar. Lembrando que o DDoS não tem como alvo a alteração ou obtenção de dados, mas sim gerar uma indisponibilidade do serviço”, conclui.