Uma instituição financeira de Maringá, no norte do Paraná, foi alvo de uma operação após causar um prejuízo de R$ 10 milhões a mais de 25 vítimas, conforme informações da Polícia Civil (PC-PR). Nesta sexta-feira (7), policiais estiveram na sede da empresa Fomento Mais Bank para cumprir um mandado de busca e apreensão. A suspeita é de que desde 2024, a empresa prometia e negociava falsas linhas de crédito com juros baixos, totalizando mais de R$ 300 milhões, mencionando contato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), algo que nunca se concretizava. A polícia confirmou que a Fomento Mais Bank não tem registro ou ligação com o BNDES.
Além disso, o delegado Mateus De Bona Ganzer, em entrevista à RPC, revelou ter encontrado numerosos contratos durante as buscas e espera identificar mais vítimas e outros membros da organização. Até o momento, foram identificados contratos firmados com empresários de diversos estados como Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Pará, Roraima e Amazonas. O DE aguarda o posicionamento da defesa da empresa, a qual informa que não teve acesso ao processo legal. O nome do proprietário não foi revelado e não houve registro de prisões.
A empresa atuava buscando empresários para oferecer uma falsa linha de crédito com juros baixos e supostamente proveniente do BNDES. Para dar início à negociação, era solicitado um depósito inicial de 5% do valor desejado, prometendo sua devolução após o processo. Posteriormente, a empresa afirmava que solicitaria o empréstimo ao BNDES e que o prazo para aprovação seria de 120 dias. Infelizmente, muitas vítimas não perceberam que se tratava de um golpe e acabaram denunciando o caso à Justiça Cível após serem enganadas.
Ao serem contatados pela Divisão de Combate à Corrupção (DECCOR), os empresários apresentaram contratos semelhantes e relataram que todos os casos tiveram o mesmo desfecho: nenhum acesso à linha de crédito prometida. Alguns empresários afirmaram ter falido após investirem todo o seu capital no depósito inicial de 5%, confiando na suposta operação fraudulenta da empresa. A situação trouxe prejuízos significativos tanto financeiros quanto emocionais para as vítimas envolvidas.
Por fim, a operação contra a instituição financeira de Maringá ressalta a importância da cautela e da verificação de informações antes de se envolver em qualquer negociação financeira. A PC-PR atua para identificar os responsáveis e puni-los de acordo com a lei, buscando justiça para as vítimas afetadas pelo esquema fraudulento. É fundamental que empresários e investidores estejam atentos a possíveis golpes e busquem orientação de instituições financeiras regulamentadas para evitar cair em armadilhas como a descrita nesse caso específico.