Instituído vazio sanitário do feijão para 57 municípios goianos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 1.107, de 8 de maio de 2024, que instituiu o vazio sanitário para a cultura do feijoeiro, em 57 municípios de Goiás, no período de 20 de setembro a 20 de outubro. O objetivo é reduzir a incidência da mosca branca e das viroses transmitidas pela praga no Estado. Para os demais municípios goianos, o Mapa já havia acatado a proposta da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) de suspensão temporária do vazio sanitário da cultura pelo período de dois anos.

Durante a vigência do vazio sanitário, a portaria torna obrigatória a eliminação de todas as plantas de feijoeiro comum, cultivadas ou voluntárias, por meio do controle químico ou mecânico. Entende-se por plantas de feijoeiro voluntárias as que germinam a partir de grãos de feijão que ocorrem nas lavouras em decorrência de perdas na colheita, transporte ou em função da deiscência das vagens.

“A Agrodefesa realiza um trabalho sistemático de monitoramento das áreas de incidência da mosca branca para tomada de decisões estratégicas nas regiões consideradas mais críticas; e de suspensão do vazio em locais onde a praga não se apresenta como um desafio para as lavouras do feijão”, explica o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

É de responsabilidade do produtor, proprietário, arrendatário ou ocupante, a qualquer título das áreas produtoras de feijão, promover a eliminação das plantas de feijoeiro comum durante a vigência do vazio sanitário. Neste período é proibido cultivar, manter ou permitir, em qualquer estágio vegetativo, plantas vivas emergidas de uma espécie vegetal em uma determinada área, com vistas à redução do inóculo de doenças ou população de uma determinada praga.

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que poderá ser permitida, em caráter excepcional, a semeadura de plantas vivas do feijoeiro em área de vazio quando “autorizado pela Agrodefesa plantios destinados à pesquisa científica; plantio de material genético e plantio para produção de semente genética”, pontua.

Nos próximos dias, a Agência vai atualizar a instrução normativa estadual com base nas diretrizes da portaria do Mapa. O coordenador do Programa de Grandes Culturas da Agrodefesa, Mário Sérgio de Oliveira, orienta que o cadastro das lavouras continua obrigatório para todo o Estado, mesmo nos locais onde o vazio sanitário foi suspenso, pois é necessário que o órgão oficial siga fazendo o monitoramento dessas áreas.

Prejuízos

Desde a década de 1970, a mosca branca tornou-se, provavelmente, a praga mais devastadora do feijoeiro comum. Os danos diretos pelo ataque do inseto são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de toxinas. Além disso, parte da seiva pode ser excretada na forma de um líquido que favorece o crescimento de fungos que prejudicam a fotossíntese e respiração da planta, provocando assim alterações que levam a redução da produtividade e da qualidade dos grãos. Mas o principal dano causado pela praga é indireto, por meio da transmissão de viroses como o mosaico dourado do feijoeiro e o carlavírus (Cowpea mild mottle virus).

O coordenador Mário Sérgio reforça que a mosca branca, como inseto vetor do vírus do mosaico dourado, pode alterar o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do feijoeiro. “O resultado disso é a queda na produtividade e na qualidade dos grãos. Por isso, a necessidade de o produtor adotar as medidas fitossanitárias estabelecidas pela Agrodefesa em benefício à produção e à economia agrícola do Estado”, esclarece.

Confira a seguir os municípios goianos que vão cumprir o vazio sanitário do feijão:
Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Anhanguera, Barro Alto, Bela Vista de Goiás, Buritinópolis, Cabeceiras, Caldas Novas, Caldazinha, Campinaçu, Campo Alegre de Goiás, Catalão, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Corumbá de Goiás, Corumbaíba, Cristalina, Cumari, Damianópolis, Davinópolis, Flores de Goiás, Formosa, Gameleira de Goiás, Goiandira, Iaciara, Ipameri, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Aurora, Nova Roma, Orizona, Ouvidor, Padre Bernardo, Pires do Rio, Planaltina, Santa Rita do Novo Destino, Santo Antônio do Descoberto, São João d’ Aliança, São Miguel do Passa Quatro, Silvânia, Sítio d’ Abadia, Teresina de Goiás, Três Ranchos, Uruaçu, Urutaí, Valparaíso, Vianópolis, Vila Boa e Vila Propício.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ameaça do novo míssil balístico russo Oreshnik utilizado em ataque na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, chocou o mundo ao anunciar a utilização de um novo míssil balístico de médio alcance em um ataque na região ucraniana de Dnipropetrovsk. O armamento, chamado de Oreshnik, despertou preocupações internacionais devido à sua capacidade letal e alcance impressionante. A declaração de Putin acendeu alertas em diversos países ocidentais, que temem a ameaça representada por essa nova tecnologia militar russa.

A revelação de Putin sobre o Oreshnik gerou especulações e debates sobre as implicações desse armamento nas relações internacionais. A Rússia sempre foi conhecida por sua postura assertiva na arena militar, e a introdução do Oreshnik apenas reforça essa reputação. O míssil balístico de médio alcance tem a capacidade de atingir alvos com precisão e rapidez, o que o torna uma arma altamente eficaz em conflitos.

A comunidade internacional teme que a existência do Oreshnik possa desencadear uma nova escalada de tensões entre a Rússia e o Ocidente. Países da OTAN estão reavaliando suas estratégias de defesa e monitorando de perto os movimentos russos. O uso do novo míssil balístico em um ataque na Ucrânia demonstra a determinação de Putin em fortalecer o poderio militar russo e desafiar a hegemonia ocidental.

Os especialistas militares estão analisando minuciosamente as características e capacidades do Oreshnik para entender melhor seu impacto no cenário geopolítico global. O armamento russo tem o potencial de mudar o equilíbrio de poder no mundo, levando as potências ocidentais a reavaliarem suas estratégias de segurança e defesa. O temor de uma nova corrida armamentista é real, e a existência do Oreshnik só intensifica essa preocupação.

A decisão de Putin de utilizar o Oreshnik em um ataque na Ucrânia foi um sinal claro de que a Rússia está disposta a desafiar as normas internacionais e impor sua vontade de forma agressiva. O impacto desse movimento pode ser sentido em todo o cenário político mundial, com os líderes ocidentais buscando formas de conter a crescente influência russa. O Oreshnik representa mais do que um simples armamento, é um símbolo do poder e da determinação russa em dominar o cenário global.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos