Instrutor de voo indiciado por acidente fatal com piloto renomado no Rio

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O instrutor de voo Sergio Manoel da Silva foi indiciado pela morte do piloto e empresário Philip Haegler em novembro deste ano, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. De acordo com as informações fornecidas à polícia, Silva admitiu que se distraiu enquanto voava em sua asa-delta e acabou causando o acidente, resultando na colisão com o parapente em que Haegler estava. O instrutor responde por homicídio culposo, uma vez que não houve intenção de causar a morte do piloto.

Imagens obtidas durante a investigação mostram o momento exato da colisão entre a asa-delta pilotada por Silva e o parapente de Haegler. Segundo o depoimento do instrutor, ele se distraiu por alguns segundos ao ajustar a perneira de um aluno que o acompanhava, e ao voltar a atenção para a frente, acabou se deparando com o parapente. Mesmo tentando evitar a colisão, Silva não conseguiu impedir o acidente. Ele afirmou que Haegler não cometeu nenhum erro e que ambos seguiam as regras de preferência estabelecidas pelo Código de Aviação Desportiva.

Haegler, que era bicampeão brasileiro de voo livre e empresário, perdeu o controle de seu parapente após a colisão e caiu de uma altura significativa, vindo a falecer pouco depois de ser levado ao hospital em estado gravíssimo. Ele também foi presidente da Confederação Brasileira de Voo Livre e era uma figura reconhecida no meio esportivo. O acidente ocorreu na Avenida Prefeito Mendes de Morais, em São Conrado.

O Clube São Conrado de Voo Livre destacou Haegler como uma “referência incontestável na promoção da segurança e no desenvolvimento do esporte” no Rio de Janeiro. Reproduções de fotos do piloto ao longo de sua carreira foram compartilhadas, mostrando seus feitos e conquistas no voo livre. O voo livre é uma atividade de alto risco e extremamente dependente das condições meteorológicas locais, o que torna essencial a prática segura e responsável.

A Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) esclareceu que não exige uma habilitação formal para a prática do voo livre, mas recomenda que os praticantes se associe a aeroclubes para obterem treinamento e suporte adequados. O órgão reconhece o voo livre como um esporte radical e de alto risco e encoraja os praticantes a se envolverem em associações especializadas para aprimorar suas habilidades e conhecimentos na atividade. É importante ressaltar a importância da segurança e do cumprimento das normas e regulamentos para evitar acidentes como o que resultou na morte de Philip Haegler.

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