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“Insuportável continuar em casa”, diz mãe de aluna que teve 60% do corpo queimado

Última atualização 24/02/2022 | 12:54

Após 20 dias em casa, Annelise Lopes, de 16 anos, a estudante que teve 60% do corpo queimado durante um experimento na escola em Anápolis, voltou a ser internada no Hospital Governador Otávio Lage (Hugol), em Goiânia. Segundo a mãe da adolescente, Diolange Lopes, o estado de saúde da menina “estava insuportável para continuar em casa”.

“Ela está muito debilitada emocionalmente, as feridas dela estão com secreção, ela estava sentindo fortes dores, teve início de febre dias atrás. Então, o estado dela estava insuportável para continuar em casa” esclareceu Diolange.

A estudante recebeu alta no dia 3 de fevereiro, mas retornou para o hospital nesta quarta-feira (23). De acordo com Diolange, Annelise passou por avaliação médica, na qual optou pela internação da jovem. No próximo sábado (26), a estudante deve passar por outra cirurgia de enxerto. Esta é a terceira vez que Annelise é submetida ao procedimento.

“A gente espera que tudo fique bem. Não é só ela que tem ficado abalada emocionalmente, é claro que ela está nesse direito, está muito ferida, debilitada, mas eu como mãe tenho ficado bastante esgotada também. Ela está tendo todo cuidado, todo mundo tem cuidando muito bem dela. Peço que todos orem não somente para ela, mas para todos nós”, pediu Diolange.

Relembre o Caso

O acidente aconteceu no dia 30 de novembro de 2021, Annelise e mais três amigos se reuniram em uma das salas do Colégio Heli Alves, em Anápolis, onde eles estudam para fazer um experimento chamado “fogo invisível”, segundo informações da mãe da jovem.

O coordenador da instituição que ocorreu a explosão, explicou que no dia do acidente, os alunos do 2° ano do ensino médio estavam com aulas remotas e pediram para ir à escola para gravar o experimento de física e química. Segundo ele, os alunos foram autorizados a utilizarem uma sala para a gravação do trabalho. Mas ele não foi avisado de que os alunos usariam álcool no experimento, sendo assim nenhum professor ou monitor estava acompanhando o grupo.

Segundo o coordenador, os alunos afirmaram que iriam gravar uma apresentação, mas eles não especificaram o que fariam exatamente. O coordenador afirmou que os alunos disseram que colocaram fogo no álcool, mas que acharam que não tinham pego, por isso, eles colocaram mais álcool, foi quando a explosão aconteceu.

Annelise foi a única que se feriu, o coordenador disse que funcionários da escola ouviram os gritos e levaram a estudante para o chuveiro até o momento em que os bombeiros chegaram para realizar o resgate.