Inteligência Artificial: Tesla cria robô humanoide para atividades perigosas

Depois de dominar o mercado de veículos elétricos e se lançar na bilionária corrida espacial, o chefe da TeslaElon Musk, anunciou seu próximo grande projeto: a fabricação de robôs humanoides.

Na quinta-feira (19), o empresário disse que terá um protótipo inicial do “Tesla Bot” até o ano que vem. Baseado na mesma tecnologia dos veículos semiautônomos da companhia, o robô deverá ser capaz de realizar tarefas básicas repetitivas, com a intenção de eliminar trabalhos perigosos, ou maçantes, para humanos, explicou Musk em um evento on-line sobre os avanços da Tesla em Inteligência Artificial.

“A Tesla é a maior empresa de robótica do mundo, porque os carros são robôs semissensíveis sobre rodas”, afirmou. “Portanto, faz um certo sentido pôr isso na forma humanoide”, acrescentou.

Segundo o G1, este anúncio é feito no momento em que a empresa se encontra sob investigação por seu sistema de direção assistida. O sistema está sendo analisado pelas autoridades reguladoras dos Estados Unidos, após a ocorrência de uma série de acidentes.

A Tesla é conhecida por fazer os motoristas acreditarem que os veículos dotados do sistema “Autopilot” (piloto automático) podem dirigir sozinhos.

A polêmica sobre o “Autopilot” não foi abordada na conferência on-line de ontem, de duas horas e meia de duração, e nenhuma pergunta foi feita sobre ela por parte do público.

Em vez disso, Musk garantiu que seu futuro robô será “benigno”. Segundo ele, o Tesla Bot, que terá mãos com cinco dedos e virá em preto e branco, será “amigável” e construído de forma que, em qualquer situação, “você pode fugir dele e desligá-lo”.

“Espero que isso nunca aconteça, mas nunca se sabe”, brincou.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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