Intenção de consumo das famílias cresce 0,2% em julho ante junho

Os brasileiros ficaram levemente mais propensos às compras na passagem de junho para julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 0,2%, para 77,3 pontos, em uma escala de 0 a 200. Em relação a julho do ano passado, houve um aumento de 12,5%, a maior variação da série histórica do índice, iniciada em 2010.

“A confiança dos consumidores, que segue em trajetória positiva em relação ao mesmo período do ano passado, vem sendo conduzida pela melhora das expectativas. O início de recuperação das condições econômicas, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS, pode levar a uma alta mais consistente ao longo dos próximos meses”, previu Juliana Serapio, assistente econômica da CNC, em nota oficial.

O componente Emprego Atual voltou a crescer em relação ao mês anterior (+0,3%), único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 107,5 pontos. Na comparação anual, o crescimento foi de 6,9%. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual foi de 31,3%, ante 31,2% em junho.

Segundo a CNC, o componente Perspectiva Profissional ainda reflete a preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho. O subitem alcançou 95,5 pontos, queda de 1,1% em relação a junho. Na comparação com julho do ano passado, entretanto, houve aumento de 2,1%.

O componente Nível de Consumo Atual apresentou a maior variação anual desde fevereiro de 2016, com aumento de 24,2% ante julho do ano passado, além de crescimento de 1,8% ante junho. Ainda assim a maioria das famílias declarou estar com o nível de consumo menor do que o do ano passado (58,6% do total). O item Perspectiva de Consumo teve queda de 0,2% em relação ao mês anterior, mas registrou aumento de 32,4% na comparação com julho de 2016.

Após duas elevações consecutivas, o item Momento para Duráveis apresentou queda de 0,1% em julho ante junho. Em relação a julho de 2016, o componente teve um avanço de 25,8%, o oitavo aumento consecutivo. O item Acesso ao Crédito, com 70,4 pontos, cresceu 1,5% na comparação com o mês anterior. Em relação a julho de 2016 o incremento foi de 11,2%.

As informações são do Estadão

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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