Inter de Milão busca tetracampeonato na Champions em 2025 após 15 anos; reviva o triunfo de 2010 e a jornada até a final

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Há 15 anos, Inter de Milão conquistava a Champions; time italiano busca o tetra em 2025

Em 22 de maio de 2010, o clube liderado por José Mourinho venceu o Bayern de Munique por 2 a 0 na decisão da Champions League

DE x Inter de Milão: Gringolândia projeta a final da Champions League
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DE x Inter de Milão: Gringolândia projeta a final da Champions League

A Inter de Milão se prepara para a quarta final de Champions League da sua história. O duelo contra o Paris Saint-Germain no dia 31 de maio é a oportunidade de conquistar um título que não vem há exatos 15 anos. Em 22 de maio de 2010, o clube venceu o Bayern de Munique por 2 a 0 e se tornou tricampeão europeu. O ge conta a história da decisão.

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Há 15 anos, Zanetti erguia a terceira Champions League da Inter de Milão — Foto: Ben Radford/Getty Images

Assim como quando encarou o Manchester City na final de 2023, a Inter vai para a final carregando uma tradição que seu adversário não tem. Os dois primeiros títulos foram consecutivos, em 1963/64 e 1964/65. O mais recente, em 2009/10. Se Jair da Costa representou o Brasil no elenco italiano na década de 60, Júlio César, Maicon e Lúcio fizeram parte de outra campanha marcante. Em 2025, Carlos Augusto é o representante brasileiro.

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CAMPANHA DO TÍTULO

José Mourinho comandou o time que tinha pela frente o Barcelona, campeão na temporada anterior, o Dínamo de Kiev e o Rubin Kazan no Grupo F. A classificação para o mata-mata foi garantida apenas na última rodada. A vitória por 2 a 0 no confronto direto pelo segundo lugar contra os russos selou o avanço para a próxima fase, atrás dos espanhóis.

Júlio César, Maicon, Thiago Motta, Lúcio, Eto’o, Samuel; Pandev, Milito, Zanetti, Cambiasso e Sneijder — Foto: Nick Potts/Getty Images

A pior campanha de um time que passou para as oitavas de final naquela edição trouxe um adversário difícil. Depois das duas vitórias, três empates e uma derrota na fase de grupos, era hora de enfrentar o Chelsea. O forte elenco dos ingleses contava com nomes como Drogba, Lampard, Ballack e Terry.

A Inter despachou os ingleses com gols de Milito e Cambiasso, no 2 a 1 da Itália, e Eto’o, no 1 a 0 da Inglaterra. Nas quartas de final, um novo adversário russo na campanha: o CSKA. O primeiro jogo em Milão foi protagonizado pelo goleiro Igor Akinfeev. Sua grande atuação deixou o time vivo para a segunda partida, depois de Milito conseguir marcar uma única vez nas nove finalizações da Inter no alvo.

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Em Moscou, o placar se repetiu, mas graças a Sneijder dessa vez. O gol logo aos seis minutos permitiu aos italianos controlarem o restante do tempo sem sofrer grandes riscos. O 2 a 0 do agregado colocou a Inter na semifinal pela primeira vez nos últimos sete anos àquela altura.

O JOGO MENTAL DA SEMIFINAL

Pep Guardiola, Xavi, Iniesta e o artilheiro da edição Lionel Messi voltariam a enfrentar os italianos mais duas vezes, agora nas semis. Depois de um empate e uma vitória a favor do Barcelona na primeira fase, a Inter buscava mudar o retrospecto para voltar à final.

O fato aconteceu no jogo de ida, na Itália. Pedro abriu o placar, mas viu Milito chamar a responsabilidade em uma noite inspirada. O argentino deu a assistência para Sneijder empatar, o passe para Maicon virar o jogo e balançou a rede para cravar a vantagem de 3 a 1.

Mourinho fala no pé do ouvido de Guardiola em Barcelona x Inter de Milão na Champions League 2009/2010 — Foto: Reprodução

Na Espanha, a tática de Mourinho era evidente: garantir uma defesa sólida, anular Messi e vencer o jogo mental. As provocações aos jogadores do Barça e a Guardiola fizeram parte de todo o confronto. Porém, o português não contava com a expulsão de Thiago Motta aos 28 minutos, quando acertou a mão no rosto de Busquets na disputa pela bola.

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O lance condicionou o restante do jogo. O técnico organizou todo o time à frente da área, abrindo mão de ações ofensivas para garantir o 0 a 0. Aos 39 do segundo tempo, Piqué quebrou a barreira italiana e marcou o gol que inflamou a partida, mas não foi o suficiente para virar o agregado.

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O ADVERSÁRIO DA FINAL

Mourinho levou a Inter à final em um dos jogos mais marcantes da história da competição até hoje. Mas restava ainda o maior feito: voltar a levantar a taça depois de 45 anos. O postulante a acabar com o sonho era o Bayern de Munique de Robben, Lahm, Müller e Schweinsteiger.

Os alemães oscilaram ao longo da campanha, mas conseguiram bons resultados nos momentos decisivos. A classificação na fase de grupos foi definida no último jogo, quando encararam a Juventus na Itália. Apenas a vitória interessava para passar o time de Turim e assegurar a segunda posição. O 4 a 1 no placar carimbou o passaporte para o mata-mata.

Fiorentina e Manchester United, nas oitavas e quartas, respectivamente, tiveram um inimigo em comum: os gols fora de casa. O Bayern passou pelos dois times com 4 a 4 no agregado, mas tendo marcado duas vezes na casa do adversário em ambas as situações. A confiança foi definitivamente estabelecida no 4 a 0 sobre o Lyon pela semifinal que levou os alemães à decisão.

Robben liderou o Bayern de Munique à final da da Champions League 2009/10 — Foto: Mike Egerton/Getty Images

MILITO: O CRAQUE DA CHAMPIONS

As equipes chegaram em excelente fase. Tanto a Inter quanto o Bayern tinham a oportunidade de terminar a temporada com a tríplice coroa. Ribéry e Thiago Motta foram desfalques importantes para os dois lados. Embora Robben tenha levado perigo com as principais ações ofensivas da equipe de Munique, o dia tinha outro protagonista: Diego Milito.

22 de maio de 2010. O Estádio Santiago Bernabéu foi o palco para o melhor jogador da Champions League 2009/10 concretizar o campeonato brilhante que fazia. Depois de marcar nas oitavas, quartas e semifinais, caberia a ele resolver a decisão e acabar com o longo jejum.

Diego Milito marcou os dois gols que deram o título à Inter de Milão — Foto: Martin Rickett/Getty Images

Milito marcou aos 35 minutos, depois de tabelar com Sneijder na intermediária e tirar de Butt com uma finalização no alto. Aos 25 do segundo tempo, o gol para coroar o título. O argentino partiu pela esquerda, em jogada individual e, com dois cortes, entortou o zagueiro Van Buyten para entrar na área e botar a bola no fundo da rede. O craque de Champions decidiu a final.

A Inter ainda completou a temporada com o título do Campeonato Italiano, com o melhor ataque e a melhor defesa da competição, e da Copa da Itália. No fim de 2010, depois de Rafa Benítez assumir o comando quando Mourinho foi para o Real Madrid, os italianos também conquistaram o Mundial de Clubes.

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