Praia do Cachorro, em Fernando de Noronha, é conhecida por suas piscinas naturais. No entanto, duas delas, o “Buraco do Galego” e a “Lasca da Velha”, foram interditadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Antes reconhecida pela foto icônica de Neymar e Bruna Marquezine em suas águas cristalinas, a praia agora passa por medidas de segurança para garantir a proteção dos visitantes.

O aumento da visitação turística resultou em diversos problemas na região, levando o ICMBio e a Administração da Ilha a tomarem a decisão de interditar as piscinas naturais. As denúncias de uso irregular e conflitos entre visitantes e guias foram determinantes para a medida de fechamento dos atrativos. O coordenador de Ordenamento Territorial do ICMBio, Mário Douglas Fortini, ressaltou a importância da interdição para garantir a segurança das pessoas e a preservação da área.

Além das questões de segurança, a Praia do Cachorro também foi palco de um incidente trágico, resultando no afogamento fatal de um turista de São Paulo. O acidente evidenciou a necessidade de controlar o acesso e a utilização das piscinas naturais, especialmente em um cenário de mar agitado. A interdição da “Lasca da Velha” também segue os mesmos critérios de proteção e segurança, visando evitar acidentes e preservar a área.

Com o intuito de informar os visitantes sobre a situação das piscinas naturais, o ICMBio planeja instalar placas de aviso na região e contar com a presença de bombeiros para orientar os turistas. As interdições não possuem prazo determinado para encerramento e dependem dos estudos de ordenamento marítimo em andamento. A desobediência às medidas pode acarretar em abordagem pela Polícia Militar e em medidas administrativas impostas pelo próprio ICMBio.

O fechamento das piscinas naturais da Praia do Cachorro representa uma medida emergencial para assegurar a segurança e a preservação do local. A fama da região, impulsionada pela imagem de Neymar e Bruna Marquezine, deve ser agora equilibrada com a necessidade de proteger o ecossistema e garantir a integridade dos visitantes. Assim, a interdição temporária visa resguardar não apenas as piscinas, mas também a experiência única que Fernando de Noronha proporciona aos seus visitantes.