Interdição de prédio comercial em Angatuba alerta para preservação do patrimônio histórico

A Defesa Civil de Angatuba interditou um prédio comercial em uma rua no Centro da cidade devido ao risco de desabamento da laje. De acordo com o órgão, o imóvel é antigo e não vem recebendo manutenção adequada por parte do proprietário que foi notificado pelo engenheiro responsável. Conforme a Defesa Civil, a laje armazena água devido à falta de escoamento, o que gerou infiltrações que comprometem o material, causando riscos para quem circula pela calçada. O prédio, que fica na rua João Sátiro de Almeida Leme, é histórico e já abrigou, no passado, o cinema de Angatuba, hoje extinto. A área está isolada para evitar acidentes.

Na notificação ao dono do imóvel, a Defesa Civil ressaltou que, para a realização de obras de manutenção da marquise, o espaço deverá ser isolado com tapumes de madeira. A preocupação com a segurança de pedestres e transeuntes levou à interdição do prédio, visando prevenir possíveis acidentes. A falta de conservação do local e a acumulação de água na laje demonstram a negligência do proprietário, que agora deve agir rapidamente para resolver a situação. A preservação do patrimônio histórico, como o prédio em questão, é de extrema importância para a cidade de Angatuba.

O cenário de risco identificado pela Defesa Civil ressalta a necessidade de manutenção preventiva em imóveis antigos, garantindo a segurança de todos os envolvidos. Além disso, a notificação emitida alerta para a responsabilidade do proprietário em conservar o seu patrimônio de forma adequada. O cinema que antes ocupava o prédio é parte da memória da cidade, e sua preservação é fundamental. A interdição do espaço comercial serve como um lembrete da importância de cuidar e preservar a história local. Medidas como a colocação de tapumes de madeira podem evitar acidentes e garantir a integridade do prédio e de suas proximidades.

Ao reportar a interdição do prédio no Centro de Angatuba, a Defesa Civil destaca a necessidade de atenção e cuidado com a estrutura de construções antigas. A preservação do patrimônio histórico se apresenta como um compromisso essencial para a manutenção da identidade cultural da cidade. A interdição do local reforça a importância da manutenção preventiva e da responsabilidade dos proprietários em zelar pela segurança e integridade dos imóveis. Em Angatuba, a história e a memória do cinema que já existiu no prédio são lembranças valiosas que merecem ser protegidas e conservadas para as gerações futuras. Ações conscientes e preventivas são fundamentais para garantir a segurança e preservar a riqueza histórica do município.

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Decisão judicial proíbe venda ilegal de lotes em Terra Indígena na Grande São Paulo

A Justiça Federal proibiu a realização de construções e a venda ilegal de lotes na Terra Indígena Tenondé Porã, localizada na Grande São Paulo. A decisão veio em resposta a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra Talita Bueno da Silva, acusada de comercializar terrenos dentro da área protegida. Talita vendia lotes de mil metros quadrados por R$ 30 mil e demarcava os terrenos com cercas, o que configurava uma atividade ilegal.

Todas as ações de Talita eram feitas de forma clandestina, uma vez que no Brasil não é permitido comercializar terras indígenas. Além disso, a ré também teria ameaçado lideranças Guarani, agentes da Funai e do Ibama, e tentado ocupar a região em outras ocasiões recentes. Fiscais da Funai e do Ibama conseguiram remover os invasores e demolir as construções, evitando a necessidade de intervenção judicial.

A decisão judicial proíbe a realização de novas construções e a venda de lotes na área indígena, bem como determina a remoção de cercas, estruturas, resíduos e entulhos existentes, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. Além de Talita, outros invasores também estão proibidos de retornar à Terra Indígena Tenondé Porã. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Steven Shuniti Zwicker, autor da ação contra Talita, alerta para o risco de outros compradores terem adquirido lotes da ré e tentarem ocupar a região em breve. A comercialização ilegal de terras indígenas representa uma grave violação dos direitos dos povos tradicionais e da legislação ambiental vigente. É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para proteger esses territórios e evitar a exploração predatória de recursos naturais.

A venda ilegal de lotes em terras indígenas prejudica não apenas as comunidades locais, mas também o equilíbrio ambiental e a preservação da biodiversidade. A atuação da Justiça e dos órgãos fiscalizadores é essencial para coibir práticas ilícitas e garantir a proteção desses territórios sagrados. A população deve estar atenta e denunciar casos de invasão e comercialização irregular de terras indígenas, contribuindo para a preservação dessas áreas fundamentais para a conservação da natureza e da cultura dos povos originários.

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