A interdição da Rodovia Roberto Mário Perosa, que liga Sales a cidades como Irapuã e Catanduva (SP), completa três meses e tem causado transtornos aos usuários da pista. A ponte sobre o rio foi levada por uma forte chuva em 22 de dezembro de 2024. Diante disso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) sinalizou a área e iniciou as obras de recuperação. A previsão inicial era de que o trabalho fosse concluído em março deste ano, mas acaba de ser prorrogada para abril. Enquanto isso, motoristas precisam recorrer a desvios que aumentam a distância percorrida, além do aumento nos custos com transporte.
O professor Aniceto Boschesi Neto, que mora em Sales e trabalha em Irapuã, precisa percorrer um trajeto alternativo por Novo Horizonte (SP), aumentando em 20 quilômetros o percurso diário. “No final das contas, no mês, fica muito caro. Os atalhos que a gente pega para chegar até lá são de estrada de terra, e isso acaba causando um desgaste muito grande no carro”, explica em entrevista à TV TEM. A situação também impacta moradores que precisam de atendimento médico em Catanduva. O aposentado Carlos Benedito de Oliveira afirma que Sales está isolada e sem via rápida de acesso.
Com autorização do DER, a equipe de reportagem da TV TEM visitou a obra e constatou que a reconstrução da ponte segue em andamento. O trecho interditado obriga alguns motoristas a usarem estradas rurais, percorrendo cerca de 10 quilômetros em condições precárias, com buracos e falta de segurança viária. Roberto Fernandes, que trabalha como toldeiro, destaca os prejuízos que enfrenta ao atravessar os atalhos alternativos. “Estraga carro, estraga tudo. Acho que tinha que completar logo aquela parte lá”, conta.
O DER não informou sobre os fatores que motivam esse atraso, mas garantiu que a entrega será no próximo mês. Até lá, o tráfego de veículos segue interrompido no local. A interrupção na Rodovia Roberto Mário Perosa tem impactado diretamente a rotina dos moradores da região, com aumento nos custos de transporte, dificuldades de acesso às cidades do noroeste paulista e prejuízos para os trabalhadores que precisam atravessar os desvios improvisados. É necessário que a obra seja concluída o mais breve possível para restabelecer a normalidade na região e garantir a segurança e comodidade dos usuários da rodovia.