Internauta afirma que motociata de Bolsonaro impediu ida de parentes a velório do avô

Internauta afirma que motociata de Bolsonaro impediu ida de parentes a velório do avô

A motociata promovida por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (15) bloqueou o trânsito de uma das principais rodovias de São Paulo e teria impedido um internauta de ir ao velório do avô. Cerca de 120 quilômetros da rodovia Bandeirantes, que liga a capital ao interior do estado, ficaram interditados nesse sentido, e rotas alternativas ficaram congestionadas.

O evento com o candidato à reeleição reuniu pouco mais de 3,7 mil pessoas, segundo registros da praça de pedágio no trecho, justamente no dia em que o jornalista Greg Prudenciano e os parentes dele se preparavam para sepultar um familiar.

“Nem acredito que estou vivendo o dia em que não pude me despedir do meu avô porque o presidente da República resolveu andar de moto. Sentimento de humilhação, de revolta, de tristeza. Pago impostos para isso”, postou no Twitter.  Ele afirmou que tentou ir de ônibus, mas a chegada ao local do enterro levaria três horas, o que atrasaria o velório. Assim como ele, outros parentes faltaram à despedida do idoso.

Em Piracicaba, onde o sepultamento ocorreria, as pessoas tentaram aguardar os demais, porém decidiram prosseguir após a longa demora. Greg recebeu críticas de apoiadores de Bolsonaro e respondeu ironicamente que o erro foi do avô em morrer no dia errado e que ninguém precisaria passar por uma estrada do estado mais populoso do País em um feriado de Páscoa.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos