Interno causa incêndio em clinica de recuperação, em Goiânia

Um interno de uma clínica de recuperação localizada no Sítio Recreio Pindorama, em Goiânia, incendiou colchões e cobertores na tentativa de fugir, e acabou provocando a morte de duas pessoas. Na noite do último domingo (02), por por volta das 21 horas.

Segundo informações da Polícia Civil, o interno conseguiu fugir e se esconder em outra clínica próxima. Ele foi localizado e levado para à Central de Flagrantes, onde foi identificado com Lindomar Venâncio Paixão, de 28 anos. Agora a Delegacia de Investigações de Homicídios (DHI) cuida do caso.

Durante o interrogatório, Lindomar afirmou para a polícia, que é auxiliar de serviços gerais, usuário de crack, cocaína e maconha, e que está arrependido do crime. Ele já havia sido processado por furto. O homem alegou que estava internado há quase duas semanas na Comunidade Terapêutica Beth Shallon, não gostava do local e por isso decidiu fugir.

O interno decidiu atear fogo em um colchão do quarto, pois acreditava que isso forçaria os coordenadores do local a abrirem a porta, facilitando a fuga. Ele informou que o isqueiro usado no crime era de um colega de quarto, e mesmo que fosse proibido no local, o colega conseguiu levar o objeto para o quarto. Segundo ele, não passou em sua cabeça que a atitude causaria a morte de duas pessoas, a intenção era apenas fugir.

De acordo com a polícia, Lindomar declarou que assim que a porta do quarto foi aberta, saiu correndo e notou que os coordenadores da clinica tetavam conter o fogo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp