Interpol detém 2,5 mil em operação contra tráfico humano

Na semana passada, a Interpol concluiu a Operação Liberterra II, a maior ação global já realizada contra o tráfico humano. A operação, que ocorreu entre 29 de setembro e 4 de outubro, envolveu 116 países e territórios, resultando na detenção de 2.500 pessoas suspeitas de envolvimento no tráfico humano.
 
A ação permitiu o resgate de 3.222 potenciais vítimas, destacando a eficácia da cooperação internacional na luta contra este crime. A Operação Liberterra II foi uma demonstração da determinação global em combater o tráfico humano, um problema que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.
 
A Interpol, através de sua rede global, coordenou esforços para identificar e prender os responsáveis pelo tráfico humano. A operação envolveu a colaboração de autoridades policiais, agências de imigração e outras organizações especializadas.
 
Os dados coletados durante a operação revelam a complexidade e a abrangência do tráfico humano. A ação não apenas resultou em detenções, mas também em um significativo número de resgates, o que é um grande passo na proteção das vítimas.
 
A Interpol continua a trabalhar para fortalecer as parcerias globais e melhorar as estratégias de combate ao tráfico humano.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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