Intoxicação por metanol em Pernambuco: novos casos suspeitos e uma morte

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Intoxicação por metanol: Pernambuco tem sete novos casos suspeitos, com uma morte

Desde 30 de setembro, três casos já foram confirmados, incluindo dois pacientes que morreram e um que ficou com sequências oculares.

1 de 1 Origem do metanol pode estar ligada a combustíveis — Foto: Reprodução/TV Globo

Pernambuco registrou sete novos casos suspeitos de intoxicação por metanol, incluindo uma morte, segundo boletim divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com as novas notificações, o estado totaliza 70 casos notificados desde 30 de setembro.

Do total de casos notificados, 66 são de Pernambuco . Os outros quatro se referem a moradores de outros estados e já foram descartados, segundo a SES. Três foram confirmados (saiba mais abaixo).

Das 66 notificações dos residentes em Pernambuco :

* 11 pacientes continuam internados, mas três já foram descartados;
* 35 receberam alta, sendo um deles confirmado com sequelas oculares e os outros 25 descartados;
* 11 óbitos, sendo dois confirmados e três descartados;
* 9 evadiram do hospital sem autorização médica.

TRÊS CASOS CONFIRMADOS

Na segunda-feira (13), Pernambuco confirmou os três primeiros casos de intoxicação por metanol. As vítimas são três homens moradores de Lajedo, no Agreste. Dois morreram e outro ficou com sequelas oculares.

De acordo com o perito criminal Rafael Arruda, do Instituto de Criminalística, exames laboratoriais mostraram que a bebida consumida pelas vítimas tinha concentração de metanol 300 vezes acima do limite legal (veja vídeo acima).

Em um dos casos, a quantidade da substância no sangue era cinco vezes maior que o nível recomendado para iniciar o tratamento.

Na época em que os homens foram internados, a polícia informou que havia indícios de que as vítimas consumiram uísque comprado em um caminhão que passou por Belo Jardim, no Agreste do estado, para revenda.

CUIDADOS COM O CONSUMO DE DESTILADOS

A SES recomenda que a atenção seja redobrada em relação ao consumo de bebidas alcoólicas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, por conta do risco de adulteração com substâncias tóxicas.

Entre as orientações aos consumidores, a Apevisa reforçou que é recomendado:

* comprar bebidas alcoólicas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância Sanitária;
* observar se o lacre da garrafa está intacto;
* conferir se o rótulo apresenta fabricante, teor alcoólico, composição, datas de fabricação e validade;
* procurar o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, exigido para todos os produtos alcoólicos.
* Para comerciantes, a recomendação é redobrar o cuidado na escolha de fornecedores. Preços muito abaixo do mercado podem ser indício de adulteração.

Nos bares e restaurantes, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) sugere que o cliente peça para ver a garrafa da dose que será servida.

Já em relação às bebidas prontas, como drinks, a recomendação é consumir apenas em locais licenciados e acompanhados pela Vigilância Sanitária.

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