Neste artigo, discutiremos a troca de farpas entre os secretários de Saúde de Castro e Paes após a invasão armada ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A situação colocou em evidência o conflito entre as autoridades estaduais e municipais sobre a segurança nas unidades de saúde da cidade.
A invasão, realizada por milicianos armados com fuzis que entraram na unidade para executar um rival ferido, gerou um debate acalorado sobre a eficácia das medidas de segurança implementadas. A ação criminosa foi considerada um ataque grave, que resultou na interrupção do funcionamento do hospital.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou em uma entrevista ao vivo a gravidade da situação, ressaltando que a segurança precária tem impactado significativamente o sistema de saúde pública. Ele relatou que, somente este ano, mais de 500 unidades de saúde precisaram fechar temporariamente devido a questões de segurança.
Em resposta, o secretário estadual de Segurança Pública, Victor dos Santos, contestou as declarações de Soranz, alegando que os números apresentados eram falsos. Ele afirmou que o Rio de Janeiro apresenta os melhores índices de segurança pública da série histórica e criticou a suposta tentativa de gerar pânico na população.
A troca de acusações entre os secretários revelou uma divergência de opiniões sobre a situação da segurança nos hospitais da cidade e as medidas necessárias para combater a violência. Enquanto Soranz pediu reforço policial nas unidades de saúde, Santos destacou a presença policial existente e a responsabilidade da prefeitura em contribuir para a segurança pública.
Diante do embate, o prefeito Eduardo Paes tentou adotar um tom conciliador, garantindo atendimento médico a todos, independentemente da situação. Ele reforçou a importância do diálogo entre as autoridades e a confiança nas forças policiais para investigar e solucionar episódios de violência como o ocorrido no Hospital Pedro II.
A Secretaria Municipal de Saúde enviou um relatório detalhado sobre os fechamentos de unidades de saúde devido à violência, enquanto a Secretaria Estadual de Segurança Pública foi instada a tomar medidas para reforçar o policiamento na região dos hospitais. O governo estadual, por sua vez, optou por não comentar novamente sobre o caso, deixando em aberto a resolução dessa questão delicada.