Assessores estão sendo investigados por alegado uso de diploma falso para assumirem cargos na Câmara de Foz do Iguaçu, e receberem remuneração de R$ 11,2 mil, de acordo com informações do Ministério Público (MP). Adílson Ramão e Thiago de Carvalho Oliveira são os assessorados em questão, que alegadamente apresentaram diplomas considerados falsos para comprovar a conclusão do ensino médio e ocupar seus respectivos cargos na Câmara de Foz do Iguaçu.
É imprescindível, de acordo com o regimento interno da Câmara de Foz do Iguaçu, a apresentação do certificado de conclusão do ensino médio para ocupar o cargo de assessor parlamentar. Contudo, de acordo com o MP, Adílson e Thiago apresentaram documentos fraudulentos para confirmar a conclusão dessa etapa educativa.
Adílson apresentou um certificado do Colégio Silva Batista, do Rio de Janeiro, datado de 2020, que foi contestado em um relatório da coordenadoria de inspeção escolar do estado, indicando inconsistências e falsificações no documento. Já Thiago, para ser nomeado ao cargo, apresentou um histórico escolar com a conclusão do ensino médio em 2006, o que também suscitou dúvidas e investigações sobre a autenticidade do documento.
Em resposta às acusações, o MP propôs a Adílson e Thiago um acordo de não persecução civil como alternativa para os crimes cometidos. Adílson foi exonerado do cargo de assessor parlamentar e concordou em pagar uma multa, suspender seus direitos políticos por cinco anos. Já Thiago, também ex-assessor, concordou em pagar multa e suspender seus direitos políticos por dois anos.
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar ambos os ex-assessores por suspeitas de uso de documentos falsos. Conforme a investigação, Adílson é acusado de apresentar documentos falsificados em três ocasiões distintas para conseguir a nomeação. A polícia também confirmou que a investigação se estende a Thiago, porém sem fornecer muitos detalhes sobre o caso.
A Câmara de Vereadores informou que abrirá um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a eventual responsabilidade dos fatos. Além disso, a câmara afirmou ter notificado a Polícia Civil sobre as suspeitas de fraude nos diplomas apresentados pelos ex-assessores. Todavia, o processo que corria no legislativo foi arquivado por falta de provas concretas.
Diante da recusa de manifestações por parte dos envolvidos e das evidências coletadas, as investigações seguem para esclarecer completamente o caso. A falsificação de documentos é um delito grave, e todas as partes envolvidas estarão sujeitas às devidas punições caso seja comprovada a fraude. A transparência e a legalidade devem ser os princípios norteadores em todas as esferas da administração pública.