Investigação apura ilegalidade na compra de produtos pela Prefeitura de Nazário

A Operação Fator 70 apontou que houve ilegalidades na compra de produtos supérfluos para combate a covid-19, pela Prefeitura de Nazário.

Investigação apura ilegalidade na compra de produtos pela Prefeitura de Nazário

A Policia Civil do estado de Goiás (PCGO) cumpriu 6 mandados de buscas de pessoas envolvidas em esquema de compra de produtos supérfluos, que foram classificados como materiais emergências para combate a Covid-19. A compra foi realizada pela Prefeitura de Nazário e causou um dano apurado de R$ 731.934,23.

A Operação Fator 70 foi comandada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) e foi destinada a apreender objetos e documentos para subsidiar investigação de crime previsto no artigo 89 da Lei 8.666/93 (Dispensa Ilegal de Licitação punível com pena abstrata de detenção de 03 a 05 anos e multa) e crimes conexos, ocorridos no Município de Nazário, no início deste ano.

De acordo com a delegada Érica Botrel, titular da Deccor, a operação começou com a dispensa indevida de licitação sob alegação de uma falsa emergência sem demonstração concreta para a contratação de empresa para fornecimento de medicamentos.

“Na lista de medicamentos adquiridos, notamos que haviam produtos de luxo, de marca produtos supérfluos em valores até levado valores de mercado. Isso chamou a atenção da real legalidade contrato. Nós representando o poder judiciário pelas medidas que nós comprovamos ontem para no sentido de aprofundar e verificar os as tratativas, os crimes conexos e até eventual extensão da investigação para algo mais amplo”, comenta a delegada.

 

 

Itens apreendidos

Os itens citados para aquisição emergencial, sem qualquer comprovação concreta da necessidade de dispensa de licitação, estão produtos supérfluos, com preços elevados, de marca, a exemplo de protetor solar fator 70 de marca francesa, vitaminas, suplementos alimentares, hidratantes corporais, dentre outros.

Ainda segundo a delegada, os mandados de buscas foram cumpridos em duas grandes empresas de medicamentos, nas residências de três gestores públicos e um empresário investigados.

“Nós temos uma empresa que abrange um CNPJ principal e vários CNPJs agregados. Com isso, cumprimos busca e apreensão ontem em uma empresa que não tem nem fachada mas tem vários CNPJs instalados lá. Esse CNPJs auxiliares apresenta ao gestor público essa empresa uma espécie de receita de bolo. Com isso, os orçamentos já vêm forjado os preços de produtos, então a administração e servidores em conluio com o empresário, acabam por se omitir da função pública e realizar uma pesquisa curada de preços, sendo imposto pelo empresário principal”, acrescenta Borel.

Contudo, também houve apreensão de R$ 22 mil em espécie na residência de um servidor do departamento de compras e quase dez mil unidades de medicamentos adquiridos com o dinheiro público que estavam na residência particular da servidora.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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